Ex-entregador de marmita, Patolino curte status de estrela e grande revelação
William Macário, o Patolino, não passa por um lugar sem ser visto. Os cabelos descoloridos, as brincadeiras e o fato de falar sem parar, sempre com um sorriso no rosto, são marcas registradas do finalista do TUF Brasil 2, que encara Léo Santos neste sábado, em Fortaleza. A jornada foi dura, seja quando criança, quando trabalhava em obras e entregando marmita para pagar academia e treinar, seja no confinamento do reality show. Mas ele tenta manter o foco fechado na luta, abafando o status de celebridade e o favoritismo que se tornam inegáveis.
Durante toda a sua trajetória no programa, o jovem de apenas 21 anos mostrou maturidade de gente grande no octógono. Fora dele, estava sempre presente nas pegadinhas e ganhou fama de beijoqueiro, pelos beijos melados nos companheiros. Dentro, venceu suas lutas com a segurança de um veterano, sem se afobar e conseguindo seus nocautes.
O status de grande revelação fica claro para esta final, ainda mais sem a presença do argentino Santiago Ponzinibbio, que mais pela garra do que pela técnica também impressionou no TUF. Minotauro exaltou muito o pupilo fora da casa, comparando-o a astros do mais alto nível.
“Ele é jovem, mas tem experiência de poucos. Coisa que você vê num Anderson Silva, num Jon Jones. Ele sabe medir a distância, luta sempre de olho aberto, consciente. É talvez a grande revelação do programa”, afirmou Minotauro.
Tudo isso poderia vislumbrar Patolino, que já desfila usando óculos importados e atrai atenção por onde passa. Mas ele nega que a fama possa atrapalhar.
“Eu não me considero uma estrela. Isso não tira o meu foco, eu não vou deixar que nada suba na minha cabeça. Estou com meus pés no chão. O Léo perdeu para o Santiago, mas foi uma luta muito dura, sei que não será fácil”, disse o carioca.
“Minha vida ficou mais legal depois do TUF, estou conhecido, as pessoas sabem quem eu sou, não é como era antes. As pessoas pedem autógrafos, querem tirar fotos. Mas o mais importante é que amadureci muito treinando com gente como Minotauro, o técnico Luiz Dórea e tantos outros”, completou ele.
A dura jornada para chegar ao MMA
Nascido em São João de Meriti, no estado do Rio de Janeiro, Patolino sempre quis ser um lutador. O problema era a falta de dinheiro para conseguir pagar uma academia e buscar este sonho.
“Com uns dez anos de idade eu comecei a trabalhar. Já fui ajudante de obras e também entregava quentinhas. Era difícil, eu queria treinar e não tinha como pagar, então comecei a trabalhar”, conta ele.
“Fui treinando, treinando, e com 13 anos já conseguia levar a parada um pouco mais a sério”, acrescenta Patolino. O resto já é história.
Hoje, Patolino já conta com o apoio de Minotauro em seus treinos e teve uma preparação de alto nível para enfrentar Léo Santos. Tudo para provar que, mesmo aos 21 anos, já tem o que precisa para chegar com tudo na principal organização de MMA do mundo.
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