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UFC terá novo campeão meio-médio após 6 anos. Mas fantasma de GSP espreita

Hendricks é o favorito contra Lawler. Mas todos querem saber o que GSP fará após o UFC 171 - Arte/UOL
Hendricks é o favorito contra Lawler. Mas todos querem saber o que GSP fará após o UFC 171 Imagem: Arte/UOL

Maurício Dehò

Do UOL, em São Paulo

15/03/2014 06h00

Georges St-Pierre não tem um estilo plástico como o de Anderson Silva, mas foi um campeão do UFC tão longevo quanto o brasileiro, com performances dominantes e um estilo tão seguro de lutar que em poucas vezes viu seu trono ameaçado. Após oito anos de domínio dele - interrompidos brevemente pela derrota para Matt Serra -, este sábado marca o dia em que o cinturão dos meio-médios enfim vai mudar de mãos. Depois da parada por tempo indeterminado do canadense, o favorito Johny Hendricks encara Robbie Lawler para tentar iniciar uma nova dinastia na organização.

O card realizado em Dallas, no entanto, não deixará de ter uma sombra, quase um fantasma de St-Pierre. Como o ex-campeão deixou os octógonos sem saber se um dia retornará ao MMA ou não, o duelo e seu resultado terão importância nos próximos capítulos dos meio-médios e mexerão com a cabeça de GSP. A programação ainda conta com dois brasileiros, Jéssica Andrade e Reneé Forte, e tem início às 19h (de Brasília).

A luta principal do UFC 171 tem Hendricks como o favorito para ficar com o título. E não poderia ser diferente. O barbudo norte-americano foi o último rival de GSP e deu trabalho ao canadense. Mais que isso, para muitos e até para Dana White é ele quem deveria ter ficado com a vitória por pontos e o título no combate do último mês de novembro.

Hendricks deixou o octógono do UFC 167 como entrou. St-Pierre, por outro lado, mostrou no rosto o resultado do castigo levado. Ainda assim, a decisão dividida dos árbitros foi em favor do canadense, que surpreendeu a todos ao anunciar a parada logo na entrevista realizada no octógono.

“Eu sei que venci aquela luta e já poderia ser o campeão”, disse Hendricks, ao Na Grade do MMA. “No entanto, preciso ficar muito focado para não cometer os erros da última luta. Por outro lado, também quero capitalizar minha luta de alguma maneira, pôr um pouco de pressão (em Lawler).”

Hendricks quer voltar a usar o poder da sua mão esquerda, nocauteadora. Com a ajuda dela, ele venceu 10 de seus 12 combates no UFC, sendo cinco por nocaute.

Lawler, que não é tão conhecido dos brasileiros, está em sua segunda passagem pelo Ultimate e é um dos lutadores mais antigos em atividade. Ele lutou entre 2002 e 2004 na organização e voltou em 2013. Nocauteou Josh Koscheck e Bobby Voelker, bateu por pontos Rory MacDonald e a luta pelo cinturão caiu em seu colo.

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“Eu nunca liguei para o cinturão. É engraçado, só queria lutar. Parecia que todas as lutas valiam um cinturão – um cinturão invisível. Mas mudei com o tempo. Sei que é uma grande oportunidade e estou animado para brilhar”, disse ele, à ESPN.com.

Robbie Lawler não deixa nada a desejar na trocação, muito pelo contrário, com 18 nocautes na carreira. Assim, o combate com Hendricks pode ter um dos duelos em pé mais fortes dos últimos tempos. Caso prefira ser mais conservador, Hendricks pode usar sua força no wrestling para tentar derrubar o rival, mas sem se descuidar da chance de ser finalizado.

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Card principal

O UFC 171 chega com um card principal forte e nomes de destaque. Antes da luta principal, Carlos Condit encara Tyron Woodley na luta que pode definir o desafiante de Hendricks ou Lawler - o title shot, no entanto não está garantido. Condit já lutou contra GSP pelo cinturão e deu um calor no canadense, mas perdeu por pontos.

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Outra luta que promete é Diego Sanchez contra o invicto Myles Jury, principalmente pela vocação do primeiro de se meter em combates sangrentos e cheios de idas e vindas. Sanchez vem de um duelo épico com Gilbert Melendez, em que perdeu por pontos, e tenta voltar a encaixar uma série vencedora entre os leves, já que perdeu quatro de suas últimas sete lutas.

Mais um combate de meio-médios que deve mexer no ranking da categoria é a entre Jake Shields e Hector Lombard. O primeiro vem de triunfo contra Demian Maia no UFC Barueri, enquanto o ex-judoca cubano Lombard estreou bem neste peso em outubro, nocauteando Nate Marquardt.

Os brasileiros

A categoria feminina do UFC ainda está engatinhando, e as brasileiras tentam buscar seu espaço no topo. Jéssica "Bate-Estaca" Andrade já conheceu derrota e vitória na organização e pode embalar neste sábado. Depois de bater por pontos Rosi Sexton, ela encara Raquel Pennington, que teve boa passagem pelo TUF 18.

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“Meus treinadores focaram mais na parte de grappling. Treinei muito a parte em pé, para tentar derrubar e conseguir um bom ground and pound. Minha intenção é ir para a trocação, já espero uma finalização ou nocaute. Se o combinado não der certo, o jeito é trincar os dentes e ir para cima dela. Só não quero deixar nas mãos dos juízes”, disse ela.

Reneé Forte, que esteve no primeiro TUF Brasil, pega Frank Trevino, estreante no UFC. Reneé virou peso leve após o reality e começou sua nova jornada com uma boa vitória sobre Terry Etim. No entanto, acabou nocauteado por John Makdessi no UFC 165 e precisa se recuperar.

“Estava lutando muito bem, mas o Makdessi me acertou. Não quero mais lembrar dessa luta, e quero iniciar do zero mais uma vez. Quero mostrar o meu valor dentro da organização. Aprendi muito com as experiências que passei e estou a cada dia corrigindo meus erros para ser um grande campeão que é tudo que sonhei por toda a vida. Sinto que estou na minha melhor forma”, afirmou Reneé
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