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Pai se orgulha do trabalho de ring girl do UFC

Maurício Dehò

Do UOL, em São Paulo

26/09/2015 06h00

Os olhares, elogios, pedidos de casamento e convites inusitados são coisas do dia a dia para uma ring girl, em sua função de passear com as placas de round em uma luta. Mas, viver todo esse assédio pode ser mais complicado para quem está de longe, principalmente um pai. Jhenny Andrade é uma das “octagon girls” do UFC e poderia ser alvo de ciúmes e preocupações do seu progenitor. Não é o caso, Adelmo, na verdade, pode ser considerado o fã número 1 da loira, e se orgulha até quando ela está de trajes reveladores no meio de uma rua movimentada de São Paulo.

Natural de Ribeirão Preto, Jhenny aparece na frente das câmeras desde os cinco anos. Cantou, apresentou programas de TV, fez trabalhos como modelo... Um talento mirim, ganhou apoio da família desde cedo, fosse no suporte emocional ou nas demais necessidades. Quando fez 18 anos, a paulista já considerava que Ribeirão tinha ficado “pequena” para suas ambições. Partiu para São Paulo, para morar sozinha.

Primeiro ensaio sensual: surpresa

Primeiro ensaio de Jhenny Andrade para a revista VIP - Arquivo Pessoal - Arquivo Pessoal
Primeiro ensaio de Jhenny Andrade para a revista VIP
Imagem: Arquivo Pessoal

Foi na capital que seu lado sensual despontou. De cara, aos 19, um fotógrafo a viu em um cabeleireiro e a convidou para um ensaio na revista VIP.Ela posou e só os avisou quando a revista já chegava às bancas.

Adelmo não deu bronca, não. Em vez de ciúmes possessivos, ele é apenas um pai preocupado com a segurança da filha.

“Até tenho ciúme, mas minha confiança fala mais alto. É um trabalho digno e temos que respeitar. Sempre acompanhei tudo o que ela faz, nossa amizade é muito grande, e a minha preocupação não é em ela fazer trabalha sensual, é a de um pai que quer saber quem está por trás. A Jhenny tem uma cabeça incrível, não se deixa levar por coisas ruins. Se ela está fazendo o que gosta e sabe que está trabalhando com pessoas sérias, nós ficamos tranquilos. Sempre foi respeitada pelos fãs”, explicou ele.

 Por que posar seminua?

Foi a partir daquele primeiro ensaio na VIP que sua carreira ganhou uma nova rota. Ela teve uma coluna na revista, fez diversos ensaios e, em 2013, quando já se cansava dessa rotina, foi levada de volta em grande estilo, com o convite do UFC para virar ring girl, voltando para o que lhe havia dado fama antes.

Ela explica o gosto pela profissão. “Nunca tive timidez, sempre gostei de estar na frente das câmeras. Eu acho um trabalho bonito, aprecio fotos como as que faço. Faço porque gosto, não vejo maldade como muitos, acho um trabalho lindo e profissional, como qualquer outro”, afirma Jhenny, que nunca posou totalmente nua. Apesar de não descartar mostrar tudo, não considera que os cachês atuais compensem a exposição. "Mas, se pintasse um convite da Playboy americana...".

A loira volta à ação com o UFC em novembro, quando a organização leva a São Paulo a terceira luta entre Vitor Belfort e Dan Henderson, dia 7, no ginásio do Ibirapuera.