COB diz que delegação pequena foi decisão "técnica" e acertada
O chefe de missão do Brasil nos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020, Marco La Porta, considera "muito acertada" a decisão da cúpula do Comitê Olímpico do Brasil (COB) de enviar apenas quatro pessoas à cerimônia de abertura nesta sexta-feira (23). Ele, que também é vice-presidente do COB, Bruninho, capitão da seleção masculina de vôlei, e Ketleyn Quadros, medalhista do judô, foram os porta-bandeiras, e uma oficial administrativa completou a equipe. A postura contrastou com o restante dos times, que trouxeram partes expressivas de suas delegações.
"Acho que foi uma decisão muito acertada. E foi uma decisão técnica, é importante frisar isso. Vi que falaram nas redes que foi uma crítica ao negacionismo, coisa política. Não foi. Foi para proteger os atletas, que é nossa prioridade", disse ele, por telefone, já no quarto da Vila Olímpica, antes mesmo do momento mais icônico da cerimônia ser realizado, o acendimento da pira olímpica.
Segundo ele, o COB escolheu não trazer mais atletas além do necessário para carregar a bandeira para evitar expô-los ao risco de contágio. "É só ver outras delegações, teve muita aglomeração. A gente cumpriu o compromisso de proteger os atletas", explicou.
Entre sair e voltar da Vila Olimpíca, o passeio levou três horas, com boa parte desse tempo tomado pelo "caracol" montado pela organização para que as delegações seguissem em fila indiana, por mais de hora, dos ônibus até a entrada no estádio olímpico.
Na festa, mesmo, a delegação do Brasil ficou só 20 minutos. "A gente parou um pouco para o Bruninho e a Ketleyn terem o momento deles, tirarem fotos, e já falei: vamos embora", contou o chefe da missão.
Com a maioria dos atletas ainda no centro do estádio, os brasileiros conseguiram rapidamente pegar um ônibus vazio até a Vila Olímpica. A ideia era permitir também que Bruninho dormisse cedo e descansasse para a estreia da seleção de vôlei, hoje (23), às 23h05, contra a Tunísia.
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