Sem capacete, skatista amador sofre acidente e morre em pista de Niterói-RJ
Inaugurado no dia 25 de janeiro de 2015, o Skatepark Carlos Alberto Parizzi, em Niterói (RJ), foi palco de uma história triste nesta semana. O skatista amador Ricardo Pinheiro Lopes sofreu um acidente no local no último sábado (07), teve um traumatismo craniano e morreu na quarta-feira (11). Ele não usava equipamentos de proteção.
Segundo relatos ouvidos pelo UOL Esporte, Pinheiro Lopes era um atleta com mais experiência no surfe e praticava skate com frequência havia pouco tempo. Ele estava em velocidade após ter descido uma rampa, perdeu o equilíbrio e caiu.
“As versões sobre o caso são desencontradas ainda, mas o consenso é que foi uma fatalidade”, disse Bruno Lobato, responsável por relações públicas na Associação dos Skatistas de Niterói. Na terça-feira (10), a entidade chegou a organizar no skatepark uma corrente de pensamento positivo e orações por Pinheiro Lopes. A pista, que tem muito movimento desde a inauguração, ficou vazia naquela tarde.
O enterro de Pinheiro Lopes será realizado às 15h desta quinta-feira (12). À noite, a Associação dos Skatistas de Niterói terá reunião na pista para discutir ações de conscientização sobre a importância do uso de equipamentos de proteção.
“Todo mundo foi pego de surpresa. Apesar de não ser tão conhecido no mundo do skate, nós nos colocamos na posição dele. Podia ter sido qualquer um. Não são todos que usam capacete o tempo todo, e isso deu uma abalada moral”, disse Lobato.
Segundo a Secretaria de Esporte e Lazer de Niterói, a inauguração da pista foi acompanhada por uma campanha de conscientização sobre o uso de equipamentos. A pasta diz que há placas no skatepark e que o local conta com orientadores para os atletas.
O projeto do skatepark incluiu a criação de um container com equipamentos para serem emprestados aos atletas amadores. Contudo, esse aparato ainda não opera – a ideia da Secretaria é que o funcionamento comece nos próximos dias e que pelo menos 50 kits sejam colocados à disposição do público.
O principal desafio, segundo a Secretaria e a Associação dos Skatistas de Niterói, é o controle. O skatepark é aberto e funciona 24 horas por dia. Portanto, as duas entidades alegam que é difícil fiscalizar durante todo o tempo o uso de equipamentos de segurança.
“As pessoas falam muito em obrigação, mas não é bem por aí. O skate pode ser praticado em qualquer lugar – muitas vezes, o próprio atleta usa o skate para ir de casa até a pista. Temos de brigar pela consciência. Se existe uma coisa que pode proteger, as pessoas têm de utilizar”, finalizou Lobato.
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