A temporada do Palmeiras acabou do jeito que o torcedor se acostumou a ver ao longo da temporada 2020 (que só terminou hoje, em 7 de março de 2021): comemorando título. Campeão da Copa do Brasil em cima do Grêmio com uma vitória por 2 a 0 no Allianz Parque, o Verdão juntou a taça da competição nacional às do Paulistão e da Copa Libertadores, vencidas por um elenco que já está na história.
A temporada deveria ser apenas para arrumar a casa, diminuir o número de reforços que chegavam e aumentar o uso de atletas formados na base. Mas o grupo surpreendeu e se colocou como um dos maiores Palmeiras em 106 anos —e para quem discute o nível de algumas atuações, os resultados são incontestáveis.
Os títulos se acumularam. As conquistas vieram com vitórias em cima de rivais históricos. Primeiro o Corinthians. Depois o Santos. Agora, o Grêmio. O palmeirense mais ambicioso tem certeza que o time só não disputou, até o final, o título do Campeonato Brasileiro porque o calendário não deixou.
Ao passar tão bem por essas dificuldades, o Palmeiras deixa a esperança para o torcedor de que é possível conseguir ainda mais. Abel Ferreira, quatro meses no cargo, enfim, deve ter tempo para trabalhar. A base do elenco deve permanecer, dos veteranos aos garotos que roubaram a cena, e poderá mostrar o que pode ser feito sem o desgaste de quem preencheu todas as datas possíveis da agenda e jogou 79 vezes (para isso, o time teve de entrar em campo, às vezes, com intervalos de apenas dois dias).
Independentemente do que aconteça daqui para frente, o Palmeiras de 2020/2021 já está na história. No futuro, os feitos dessa temporada serão citados junto das duas Academias de Futebol (dos anos 60 e 70) e da Era Parmalat (anos 90). É difícil encontrar algo muito mais especial do que três títulos em uma mesma temporada.