Medina explica diferença entre Brasil e EUA: 'se fica em 2°, é esquecido'
O elevado número de brasileiros presentes no Havaí para a etapa de Pipeline do Mundial de Surf e o grande sucesso de Gabriel Medina nas redes sociais tem chamado a atenção do mundo desde que o surfista se credenciou ao título do circuito. Em entrevista com narradores do evento havaiano, Medina tentou explicar o fenômeno que está causando entre os brasileiros, e para isso usou uma comparação com os americanos.
"No Brasil, se existe um esporte com brasileiro nos representando e tendo chance de vencer, seja o futebol ou qualquer outro, a galera quer vê-lo vencer. Se ficar em segundo, ele é esquecido rapidamente. Nós precisamos de um campeão", disse Medina, que lidera o WCT e pode ser campeão na etapa do Havaí, atualmente paralisada pela falta de condições do mar - ela tem até 20 de dezembro para ser concluída.
"Acho que todo mundo é assim, mas os americanos acho que não ligam tanto quanto a gente. No surf, somos muito profissionais. Treinamos e fazemos de tudo para alcançarmos nosso objetivo, que é vencer", continuou o surfista, escancarando a diferença entre a percepção do público sobre as chances de título mundial.
Enquanto espera a melhora das ondas, Medina segue hospedado em uma casa na praia ao lado de outros surfistas e a equipe da Rip Curl, patrocinadora - inclusive seu principal concorrente ao título, Mick Fanning. Ele afirmou que costuma jogar poker para passar o tempo e que aproveita para treinar o inglês com os companheiros. A pressão e o fato de ser filmado sempre, parte de um documentário a ser produzido, não incomodam.
"Não, eu me sinto bem. É como eu sempre digo, tenho o apoio da minha família e dos brasileiros. Existe um cara que fica me seguindo e me filmando, e ele faz isso desde que comecei a correr o Tour. Como eu já disse em outras entrevistas, às vezes você ganham às vezes você perde", complementou Gabriel Medina.
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