Etapa do Rio começa e Medina quer mostrar que o campeão voltou
A euforia pela conquista do título mundial de surfe ano passado por Gabriel Medina deu lugar a desconfiança com um começo de temporada ruim e o 16º lugar no ranking. Mas ele não jogou a toalha, fala que ainda pensa no bicampeonato e quer fazer da etapa do Rio de Janeiro o marco da virada. A janela da competição abre nesta segunda-feira e vai até 22 de maio e quando acabar o surfista deseja ouvir “o campeão voltou”.
Medina vai encontrar uma onda beach breaker, ou seja, cavada, rápida e com fundo de areia. Ela costuma ser instável e mudar com frequência. O padrasto e técnico do campeão mundial, Charles Serrano Rodrigues, explicou que estas são as características de Maresias, local em que Medina mora e começou no esporte. O treinamento foi feito em casa, para garantir privacidade. O programa incluiu até seis horas diárias de surfe, manutenção do condicionamento físico e muito descanso.
“Posso adiantar que ele tá surfando muito bem”, atestou Charles.
A corneta de torcedores também é outro impulso para Medina. O padrasto contou que ele sempre funcionou com cutucadas e algumas críticas postadas no Instagram devem fazer efeito no desempenho no Rio. Um bom resultado é essencial para manter crença de que o segundo título mundial.
A esperança se baseia numa recuperação a partir do Rio de Janeiro e nos dois descartes permitidos. O circuito mundial é composto de 11 etapas e cada competidor pode tirar as duas piores do somatório de pontos. Medina afirmou que errou o que podia na temporada. Ele tem uma quartas de final e duas quedas precoces nas três provas realizadas.
Se o surfista deseja mesmo brigar pelo troféu precisa reagir e ficar de olho em Adriano de Souza, o Mineirinho. Ele será dono da camiseta amarela no Rio de Janeiro, honraria concedida ao líder do ranking. O primeiro lugar é consequência de ser o único surfista a subir no pódio em todas as etapas – um terceiro, um segundo e um primeiro. Mineirinho tem 24.500 pontos, larga vantagem sobre os 16.950 do australiano Mick Fanning.
Quem também está se destacando na temporada é Filipe Toledo, terceiro do ranking. O brasileiro venceu a primeira etapa e está entre os favoritos para o Rio de Janeiro. A possibilidade de bons resultados aumenta se o mar tiver com ondas pequenas, algo comum na Barra da Tijuca, onde será a etapa do Rio. Ele é considerado um dos melhores do mundo neste tipo de condição.
Além dos adversários brasileiros, Medina precisa bater estrangeiros como Kelly Slater, Mick Fanning e John John Florence. A estreia está definida e encara o australiano Freddy Patacchia Jr e o brasileiro Alejo Muniz na primeira bateria. O campeão do mundo não tem bom histórico na etapa brasileira do circuito e sabe que a expectativa do público vai aumentar a pressão. Mas ele ressaltou que é no momento difícil que precisa se sair bem.
Em evento de um patrocinador em São Paulo Medina afirmou que conversou com o padrasto sobre o assunto e a orientação é surfar o melhor que puder porque foi desta maneira que chegou ao título ano passado. Ele declarou que treinou bastante e corrigiu alguns erros cometidos nas três primeira etapas do ano. “Vou correr atrás do prejuízo”, prometeu.
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