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Organização veta festa de Filipinho e gera confusão: 'são ridículos'

Filipe Toledo foi impedido de comemorar com a torcida após vitória em sua bateria - Pedro Ivo Almeida/UOL
Filipe Toledo foi impedido de comemorar com a torcida após vitória em sua bateria Imagem: Pedro Ivo Almeida/UOL

Pedro Ivo Almeida

Do UOL, no Rio de Janeiro

15/05/2015 15h03

A nota 10 e a vitória na quarta rodada, diante de Matt Banting e John John Florence, deixaram Filipe Toledo empolgados. Nem tudo, no entanto, foi motivo de festa para o surfista brasileiro na disputa desta sexta-feira da etapa carioca da Liga Mundial de Surfe (WSL), na praia da Barra da Tijuca.

Assim que deixou a água, Filipinho tentou repetir a comemoração que já virou rotina para os brasileiros nesta etapa, dirigindo-se para a torcida que lotava as areias da praia com o intuito de jogar sua camisa a um dos fãs. Foi quando o organizador da etapa carioca, Xande Fontes, se meteu nos festejos e gerou uma confusão no local.

Xande tomou a camisa da mão do surfista e ordenou que ele não continuasse a comemoração com a torcida: "Para, para. Olha a confusão", repetiu o organizador, deixando Filipinho e seu staff revoltados.

"Como assim? Todo mundo vem aqui festejar com a torcida, por que eu não posso? O [Gabriel] Medina jogou a camisa dele, por que você quer me proibir?", retrucou o surfista, dirigindo-se rapidamente para a área dos atletas.

Enquanto isso, a confusão continuou com seu pai, Ricardo Toledo. "Você é ridículo, não tem o direito de impedir um surfista de comemorar uma vitória. Isso é uma palhaçada", reclamou o pai do atleta, tornando o ambiente, que era de festa, ainda mais tumultuado.

Filipinho não escondeu a frustração e, com os olhos cheios de lágrimas, disse que não daria entrevistas após a bateria vencedora. "Isso é sacanagem comigo. Estou no meu país. Todos comemoram, menos eu".

Vaiado pela torcida, Xande Fontes tentava explicar a decisão polêmica. "Eu preciso pensar no público. Eles poderiam se machucar nas grades", disse.
A explicação não convenceu muito. Até mesmo os seguranças se surpreenderam com a decisão do chefe.

"Não entendi. Ele sempre repete para nós nas reuniões que os atletas são os donos da festa, que devemos sempre ajudá-los a comemorar aqui", disse um dos responsáveis pela segurança.

Sem clima para comemorar o bom resultado, o surfista brasileiro que segue na briga pelo título da etapa entrou na área exclusiva para os atletas e manteve o silêncio.