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Djokovic começa atrás, mas vira e consegue "vingança" contra alemão

Do UOL, em São Paulo

03/06/2013 10h31

Novak Djokovic não vem de bons resultados no saibro, após derrotas cedo tanto no Masters 1000 de Roma como no de Madrid. Caso o número um do mundo precise de motivação além de mostrar que as quedas anteriores foram apenas um acaso, ela veio na forma de vingança. Nesta segunda-feira, ele derrotou o alemão Philipp Kohlschreiber, de virada (4-6, 6-3, 6-4 e 6-4), e se vingou da derrota para o rival em Roland Garros 2009, quando caiu em sets diretos na terceira rodada.

Há quatro anos, Kohlschreiber venceu o sérvio por triplo 6-4. E o placar parecia que se tornaria uma sina: no primeiro set, o alemão conseguiu controlar bem seu saque e, em um descuido de Djokovic, quebrou o número um do mundo no quinto game.

Kohlschreiber, que deverá liderar a Alemanha no duelo contra o Brasil, na repescagem da Copa Davis, em setembro, fechou sem sofrer pressão a primeira parcial, mas abriu a segunda já sentindo a recuperação de Djokovic, que venceu o game inicial de zero.

No quarto game, a prova da recuperação do sérvio. Ele quebrou o alemão pela primeira vez no jogo e partiu para o domínio do duelo. Em todo o set, o único momento de pressão alemã foi no game seguinte ao da quebra, um dos mais longos da partida, mas que Djokovic soube sair do problema e vencer.

Ao enfim conseguir derrotar Kohlschreiber em um set de Roland Garros, Djokovic se soltou. No segundo set, a quebra veio rápida, logo no terceiro game. Todos os games seguintes, então, foram fechados pelo dono do saque, sempre de forma fácil. O set, sem muita emoção, caiu novamente na mão de Djokovic.

O quarto set parecia que teria o mesmo ritmo do anterior, a partir da quebra de Djokovic no quinto game. Porém, na hora de fechar, o desejo de vingança pareceu ter prejudicado o sérvio: ele liderava por 5 a 2 com o saque na mão, mas sofreu a virada no deuce e foi quebrado. Kohlschreiber fechou o game seguinte, e a partida pareceu que poderia fugir do controle do sérvio.

Mas ele não é o número um do mundo à toa: apesar de levar uma bela passada do alemão em seu segundo match-point, Djokovic fechou o game e se classificou opara as quartas de final. Ele impede um duelo alemão na próxima fase, já que enfrentará Tommy Haas, que também nesta segunda passou pelo russo Mikhail Youzhny sem dificuldades - 6-1, 6-1 e 6-3.

Haas, aliás, se tornou o tenista mais velho a chegar às quartas em Roland Garros em 42 anos; o alemão está com 35 anos de idade.

O triunfo de Djokovic também rendeu homenagens a sua primeira treinadora, Jelena Gencic, que morreu há dois dias, aos 77 anos. Após o jogo, ele declarou: “Ela era como minha segunda mãe. Me ensinou coisas que eu continuo levando na minha vida. Eu espero que possa seguir seu legado.”

OITAVAS DE FINAL NAS DUPLAS TERÁ DUELO BRASILEIRO

  • A espera pelo segundo jogo foi mais longa do que o esperado, mas enfim o mineiro Bruno Soares e o austríaco Alexander Peya voltaram juntos às quadras em Roland Garros. Os dois encararam nesta segunda-feira a dupla formada pelo búlgaro Grigor Dimitrov e pelo dinamarquês Frederik Nielsen, triunfando em sets diretos com placar final de 6/3 e 7/5, em 69 minutos. Classificados para as oitavas de final, Bruno e Peya terão agora pela frente o mineiro Marcelo Melo e o croata Ivan Dodig. Parceiros na Copa Davis, os dois mineiros já jogaram juntos diversas vezes, mas só se enfrentaram em nove oportunidades nas duplas. Bruno leva a melhor sobre o amigo e compatriota com seis vitórias e apenas três derrotas.