Tenista americano leva 15 anos de suspensão após ser pego no antidoping

O norte-americano Wayne Odesnik foi pego no antidoping pela segunda vez e acabou amargando uma pena bem maior. Depois de ficar apenas 12 meses afastado em seu primeiro caso de doping, agora ele foi suspenso por 15 anos, que começam a ser contados a partir do dia 30 de janeiro de 2015.

Aos 29 anos, Odesnik foi pego com mais de uma substância proibida: metabolitos de metenolona e de androsterona e GHRP-6, todas proibidas pela Agência Mundial Antidoping (Wada). Ele falhou em três exames feitos, um deles pela Usada (Agência Norte-americana Antidoping), e dois deles pela ITF (Federação Internacional de Tênis).

Por ser reincidente, tendo sido suspenso por um ano no fim de 2009 ao ser pego com hormônio de crescimento (HGH), Odesnik recebeu uma pena bem mais dura. Ele terá que se afastar por 15 anos do esporte, podendo voltar apenas em 29 de janeiro de 2030.

Além da suspensão, o tenista norte-americano terá que devolver a premiação e os pontos conquistados nos challengers de Happy Valley e Maui e também no qualificatório do Australian Open.

Nascido na África do Sul, Odesnik se mudou ainda criança para os Estados Unidos, onde se tornou profissional a partir de 2004. No circuito ele tem apenas 41 vitórias e 58 derrotas, seus únicos títulos vieram em challengers, faturando sete taças. Seu melhor ranking a 77ª colocação, alcançada em abril de 2009.

Para se ter uma ideia de quão longa é a suspensão que Odesnik vai encarar, o ex-número 1 do mundo Gustavo Kuerten jogou 14 temporadas como profissional, de 1995 a 2008.

Logo após ter a suspensão divulgada, Odesnik soltou um comunicado à imprensa anunciando sua aposentadoria do circuito. “Na última década eu fui abençoado e pude viajar o mundo jogando tênis, o esporte que pratico desde criança eque faz parte de mim. Quero agradecer os meus fãs, minha família, meus amigos e todos que me apoioaram durante minha carreira”.

Odesnik também deu sua explicação pelas substâncias proibidas encontradas nos seus exames. “Em dezembro de 2014, eu ingeri por acidente suplementos contaminados. Ao saber dos resultados positivos fiquei chocado e desapontado. Sou o tenista americano mais testado no circuito e não consumi substências proibidas por querer”, se defendeu.

“O produto contaminado já foi enviado para um laboratório independente na Califórnia para teste que serão feitos por minha conta. Estou ainda considerando minhas opções legais”, afirmou Odesnik, sem citar qual definição além da anunciada aposentadoria poderá tomar.