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Decisões regionais

O São Paulo é quase campeão do Torneio Rio-São Paulo. Goleou o Botafogo por 4 a 1, no Maracanã. O time paulista mostrou um belo e eficiente futebol.

Luiz Fabiano, atacante quase desconhecido pelo público brasileiro, mostrou qualidades nos dois últimos jogos. França brilhou novamente. Não sei porquê, a torcida do São Paulo insiste em vaiar o jogador.

O Botafogo mostrou que só atua bem no contra-ataque e quando se sente inferiorizado. Fez uma bela partida contra o favorito Santos, na Vila Belmiro, e se empolgou. Lazaroni pôs a culpa da goleada no Carnaval. Acha que os jogadores se desconcentraram e divertiram-se mais do que deveriam.

Na verdade, o Botafogo é fraco individualmente. Não adianta a torcida vaiar o técnico e chamá-lo de burro. Wágner continua irregular. Fez uma partida espetacular na vitória sob o Santos e outra péssima, contra o São Paulo. Engoliu dois frangos.

Em Minas, na primeira partida entre Atlético e Cruzeiro, pelas semifinais da Copa Sul-Minas, deu empate em 1 a 1. Resultado justo. O Cruzeiro jogou desfalcado do Bosco, Sorín, Cris e Ricardinho, e o Atlético não teve o Lincoln, seu principal jogador de meio-campo.

A partida foi vibrante, mas fraca tecnicamente. Com exceção de algumas jogadas isoladas dos atacantes Marques e Guilherme, das defesas do Velloso e de esporádicas jogadas do Geovanni.

Na outra semifinal da Copa Sul-Minas, Coritiba e Grêmio empataram em 2 a 2 em Porto Alegre. O Coritiba, assim como o Atlético-MG, leva a vantagem de dois resultados iguais. O Grêmio, que já estava fraco com o Ronaldinho, ficou ainda pior sem ele.

No Campeonato do Nordeste, o Fortaleza está em primeiro lugar. Os dois finalistas destes torneios regionais disputarão a Copa dos Campeões, em Julho. O vencedor irá para a Libertadores.

Os torneios regionais são interessantes, desde que não atrapalhem as férias dos jogadores, a pré-temporada, e não se misturem com os campeonatos estaduais, como acontece.

Atlético-MG e Cruzeiro se enfrentarão três vezes em dez dias. É a banalização de um grande clássico.

Tostão escreve no UOL Esporte com exclusividade às quintas-feiras;
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P.Voce não acha que o Zagallo já está ultrapassado? Reconhecemos que até 1970 ele foi importante para o Brasil, entretanto de lá para cá não vi mais nada. Não existe a hora de parar e procurar outros caminhos? Até quando teremos de engoli-lo?
Marco Mello


R.Na Copa de 70, havia grande empirismo entre os técnicos de futebol. Zagallo era a exceção. Destacava-se. Hoje, na minha opinião, Zagallo está na média (não muito alta) dos treinadores brasileiros. Apesar da idade, Zagallo está bem de saúde e com a mesma energia. Se outros técnicos estão trabalhando, ele também tem condições para isso.

P. O que passa pela cabeça do Leão, que não convoca o melhor lateral-esquerdo da atualidade para nosso plantel? Estou falando do César, do São Caetano, que com seu atual futebol já deixou o Roberto Carlos para o passado.
Ronaldo A. Loyola


R.Em termos de seleção, César ainda é uma incógnita. Não jogou nem num clube de grande torcida. O jogador tem muitas qualidades e poderia ter a chance de ser convocado. Os europeus consideram o Roberto Carlos, disparado, o melhor lateral esquerdo do mundo. Na seleção brasileira, nos últimos anos, não foi bem, mas ainda acho que ele merece continuar sendo convocado. Precisamos recuperá-lo para a seleção.