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Nova partida O Clube dos Treze decidiu, e o STJD aprovou uma nova partida entre Vasco e São Caetano, no dia 18, no Maracanã. Os jogadores estão de férias e deveriam se recusar a jogar, mas somente pensam nos prêmios e na troca de favores com dirigentes. Segundo o presidente da Suderj, administradora do Maracanã, Francisco de Carvalho, o recente gramado somente terá boas condições próximo ao dia 30. Jogarão assim mesmo. É o país do jeitinho, da incompetência e desorganização. Preparem-se para a bagunça no dia 18. A nova final perdeu seu encanto. O São Caetano será o mais prejudicado. Os jogadores terão pouco tempo para treinar, por causa das férias. Mesmo podendo jogar a final, alguns já estão contratados por outros clubes, e o time pode perder o embalo do ano passado. Espero que o trágico desfecho da Copa João Havelange sirva para desencadear uma inspeção em todos os estádios brasileiros. Poucos oferecem segurança. O Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura do Rio de Janeiro já manifestou que o estádio do Vasco precisa de reparos, principalmente nas saídas de emergência. Além disso, a maioria dos estádios brasileiros não tem o mínimo conforto. Neste ano, haverá novo impasse no calendário e organização do Campeonato Brasileiro. Cada dirigente lutará por seu clube. Uns, com a arrogância do Eurico Miranda. Outros, com dissimulações e pose de bonzinhos. As federações estaduais e a CBF deveriam ser defensores do futebol. Isso não acontece. São aliados dos clubes. Trocam favores. O futebol brasileiro que se dane. A única solução seria começar do zero. Criar um novo calendário. Certamente, alguns clubes ficarão insatisfeitos e prejudicados. Não há outra maneira. Para isso, é necessário credibilidade, o que os atuais dirigentes não têm. Teria de substituí-los por profissionais competentes e independentes. Existem muitos poucos. Além disso, os dirigentes não querem dividir nem entregar o poder. A situação é complicada. Ainda acontecerão muitas brigas neste ano. Será que um dia teremos um futebol organizado e decente? Provavelmente, isso só acontecerá quando o país também mudar. O futebol é o reflexo da sociedade. Tostão escreve no UOL Esporte com exclusividade às quintas-feiras; para ler colunas anteriores, clique aqui.

P.Na sua opinião, qual seria a medida mais justa sobre a final da Copa João Havelange? Quem deveria levar o troféu? Leonardo Matheus, Rio de Janeiro R.Leonardo, se ficar comprovado que o Vasco vendeu ingressos acima da capacidade e/ou que o estadio não tinha condições para abrigar uma final, o São Caetano deveria ser proclamado campeão. Se não houve irregularidades, o certo seria marcar uma nova partida. Se não houver data, os dois devem ser proclamados campeões. P. Nosso futebol está despencando em um buraco, em grande parte pela péssima atuação dos atuais dirigentes. Diante disto, como ainda permitem que um homem como Eurico Miranda ainda tenha tanta força no mundo do futebol? Que forças ele tem para permanecer como o presidente eleito de um dos clubes mais tradicionais do Brasil? Abraços. Lucio R.Não podemos esquecer que o Eurico Miranda ainda é um ídolo dos torcedores vascaínos. Mesmo que ele seja bom para o Vasco (o que não acho), é péssimo para o futebol brasileiro. Os outros dirigentes do futebol brasileiro têm medo de que o Eurico Miranda fale outras verdades sobre eles. Daí, a força do dirigente vascaíno.