A Copa do Brasil
Se o futebol brasileiro tivesse um calendário decente, um número maior de equipes poderia disputar a Copa do Brasil, como acontece em todo mundo. Diferentemente do Campeonato Brasileiro, a Copa do Brasil é um torneio de integração nacional. Quanto mais clubes, melhor.
As pequenas equipes disputariam, entre elas, uma fase preliminar, mais longa do que a atual, no sistema ida e volta (mata-mata). Nas fases mais adiantadas, entrariam os grandes clubes. É o que acontece. No entanto, falta organização e critério na escolha das equipes e na confecção da tabela.
Neste ano, acertadamente, Palmeiras, Vasco, Cruzeiro e São Caetano, que já participam da Copa Libertadores, não estão disputando a Copa do Brasil. Não dá para participar de dois torneios ao mesmo tempo, já que os jogos dos dois campeonatos são no meio da semana.
Com isso, aumentam as chances de outras grandes e pequenas equipes conquistarem o título.
Atlético Mineiro, Santos e Botafogo, tradicionais clubes do Brasil, já foram eliminados. Nenhuma surpresa. Os times do Goiás e do Bahia, que eliminaram Atlético e Santos, estão no mesmo nível das principais equipes brasileiras, e o Botafogo tem uma fraca equipe.
Poucos times brasileiros têm dois jogadores velozes e habilidosos como Araújo e Dill no Goiás. Nas duas partidas, Araújo deu um baile na defesa do Atlético. O Bahia ganhou do Santos, merecidamente, por 2 a 0 nos dois jogos. Não há o que discutir.
As equipes do Rio-São Paulo, Minas e Rio Grande do Sul, as mais valorizadas, precisam reconhecer que hoje há um equilíbrio e que pratica-se um bom futebol em quase todo o país. Não é mais surpresa um time do Nordeste ou de outra região vencer e convencer no Mineirão, Maracanã, Morumbi e Beira-Rio.
Foram as grandes e tradicionais equipes que pioraram ou os outros times que evoluíram? Provavelmente as duas coisas. Além disso, um grande número de jogadores das equipes mais famosas, principalmente do Rio e São Paulo, ganham fortunas, têm amplo espaço na imprensa, mas não são melhores que muitos jogadores desconhecidos, espalhados pelo Brasil.
O futebol brasileiro precisa ser reavaliado. Há muitos jogadores medíocres atuando nas grandes equipes e ganhando altos salários. É necessário também investir mais nas categorias de base. Não somente com dinheiro, mas principalmente na formação de profissionais competentes.
Tostão escreve no UOL Esporte com exclusividade às quintas-feiras; para ler colunas anteriores, clique aqui.
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P.Tostão, o que você achou da idéia do Emerson Leão em fazer do Brasil participante eterno das Copas sem ter de disputar vaga? Será que não estaria revelando fragilidade ou incompetência da nossa seleção para ganhar de Equador, Venezuela, Chile etc.? Celso Pagnan R.Achei a declaração do Leão absurda e prepotente. É a mesma coisa de dizer que não é preciso ter ascesso e descenso no Brasileiro. Isso desestimula as pequenas equipes, e o campeonato perde a transparência e seriedade. Além disso, as eliminatórias ajudam as equipes a se organizarem. É mais importante jogar contra um time fraco num campeonato oficial, que vale pontos, do que enfrentar um mais forte num amistoso. P. Tostão, Edmundo causou problemas em todos os clubes por qual passou. Brigou com companheiros, desrespeitou contratos e agora ameaça deixar o Napoli. Você acha que merece outra chance? Edison Yamazaki R.Edmundo é isso aí. Nunca vai mudar. Pau que nasce torto morre torto. Ao contratá-lo e escalá-lo, um clube ou a seleção têm de pesar os riscos. E ele não é tão bom para a seleção correr esse risco. | | |