Tudo como antes
Após o fracasso da Copa João Havelange, a CBF tornou-se, na opinião de alguns dirigentes, a solução para organização do futebol brasileiro. Esquecem que a bagunça é antiga. Não tenho nada contra a CBF. Apenas acho que foi omissa durante muitos anos.
Se a CBF mudar seu comportamento, poderá ser uma boa administradora do futebol. Essa é sua obrigação.
Neste ano, logo de cara, c Confederação anunciou que serão 28 participantes na primeira divisão. Começou mal. Dezesseis, ou no máximo vinte clubes em cada divisão, com no mínimo três delas, seria o mais correto.
O Cruzeiro e o Corinthians, parceiros da HMTF, já protestaram. Sabem que assim o campeonato dará prejuízo.
O regulamento não foi anunciado, mas provavelmente será igual ou parecido com os anteriores.
O Campeonato Brasileiro deveria ser mais longo, com jogos somente no fim-de-semana. O meio de semana seria reservado para outros torneios e jogos da seleção brasileira. Uma coisa ou outra.
Os dirigentes brasileiros pensam que campeonatos por pontos corridos não dá certo no país. Alegam que um ou dois clubes podem disparar e os outros terem prejuízos.
Se isso acontecer, será um estímulo para que os clubes se organizem para o ano seguinte. Com o tempo, haverá mais clubes disputando o título e mais equilíbrio. Os mais bem classificados ganhariam o direito de, no ano seguinte, participarem dos principais torneios. Não seria somente o campeão o mais valorizado.
Mais importante ainda é que esse modelo é o único justo. No final, vence realmente o que foi o melhor e não aquele que teve um grande momento em apenas poucas partidas.
Se o campeonato também não tiver ascenso e descenso (pra valer), perde toda sua credibilidade. Aí, é o fim!
Tostão escreve no UOL Esporte com exclusividade às quintas-feiras;
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P.Tostão, sou atleticano e tenho acompanhado o Galo nos últimos dois anos. Gostaria que me esclarecesse por que, mesmo trocando de treinador, o Galo continua levando gols de cabeça em jogadas ensaiadas dos outros times. Obrigado.
Rodrigo Tôrres
R.O problema é de qualidade técnica e posicionamento. Os dois laterais marcam à distância e dão chances para os cruzamentos do adversário. Os armadores não auxiliam os laterais, e os volantes são muito lentos e limitam-se à faixa central. O Atlético não tem um grande zagueiro. O Caçapa, considerado o melhor, era muito irregular. Vamos ver se o Abel Braga dá um jeito na defesa.
P. A pergunta, Tostão, é a seguinte: o que fazer com o Corinthians para não passar mais vergonha? Será que a rapaziada ficou deslumbrada com tanto dinheiro e esqueceu do principal, que é jogar bola?
Eugênio Carlos Clark
R.Na quarta-feira, o Corinthians venceu o Flamengo e jogou bem. Pressinto que o time vai deslanchar. Um time que tem, do meio-campo pra frente, jogadores da qualidade do Ricardinho, Marcelinho, Luizão e ainda Djair, tem tudo para ficar melhor que a média das outras principais equipes brasileiras. Vamos aguardar!
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