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A Copa América

Prevaleceu o bom senso, e a Copa América não será mais na Colômbia. Independentemente do local (no momento em que escrevo esta coluna ainda não sei onde será), não se justifica a realização desse torneio no meio das eliminatórias para o Mundial. A Eurocopa foi realizada no ano passado.

A Copa América seria muito importante se fosse bem organizada e com a presença dos principais jogadores. Nas duas últimas edições, vencidas pelo Brasil, a Argentina e outras seleções não levaram seus principais jogadores. O mesmo acontecerá neste ano.

Na situação atual, a Copa América serve apenas para os empresários encherem os bolsos e atenderem interesses políticos.

Luiz Felipe Scolari teve bom senso e não convocou os principais jogadores que atuam na Europa, além do Romário. Os outros "estrangeiros", como Émerson, também deveriam ficar de fora. Há muito tempo não têm férias.

Na convocação, ficou evidente a preferência do técnico brasileiro por jogadores que já trabalharam com ele e atletas gaúchos. Somente isso justifica os nomes de Eduardo Costa, Fernando e Roger.

Eduardo Costa e Fernando são dois bons jogadores da seleção sub-20 e ótimas promessas, mas ainda não se destacaram por um período maior nas equipes principais de Grêmio e Juventude. Falta menos de um ano para a Copa, e não é momento de se fazer experiências. Fábio Rochembach é diferente. Foi um dos destaques do Inter no Campeonato Brasileiro do ano passado, atuou bem na Copa das Confederações e é um raro volante.

Depois de um ano na reserva do Grêmio, Roger atuou improvisado na zaga no último jogo da Copa do Brasil. Há vários outros laterais melhores no futebol brasileiro.

Ficaram de fora jogadores como Vampeta, os dois Ricardinhos e vários excelentes laterais esquerdos, como Felipe, Serginho, Silvinho e Athirson.

A ótima novidade na convocação foi a presença de Juninho Pernambucano. É um dos raros armadores do futebol brasileiro que desarma, apoia e finaliza bem. Os outros armadores são defensivos (volantes) ou ofensivos.

A Copa América perdeu o encanto. Pena!

Tostão escreve no UOL Esporte com exclusividade às quintas-feiras;
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P.Caro Tostão, gostaria que você comentasse o real papel do Antônio Lopes na seleção.
Wilberto Trigueira


R.Caro Wilberto, a função é decorativa. Ele não decide nada na parte técnica ou administrativa. Na teoria, coordena todo o trabalho, mas tradicionalmente o treinador decide tudo tecnicamente, e há outros profissionais encarregados da parte administrativa.

P. Tostão, como você analisa o novo calendário do futebol?
Adamo de Alcântara


R.Caro Adamo, as medidas são boas e óbvias, como as férias de 30 dias, pré-temporada de 10 dias, proibição de se jogar mais de duas vezes por semana e acesso e descenso. Por outro lado, a divisão dos torneios durante o ano foi mal feita. No primeiro semestre, estaduais, regionais, super-campeonato, Copa do Brasil, Copa Libertadores e Copa dos Campeões. Todos classificatórios. As equipes eliminadas ficarão paradas por um longo período. No segundo semestre, Campeonato Brasileiro com jogos no meio e finais de semana. Somente um turno e durante quatro meses. Seria mais lógico fazer um Campeonato Brasileiro longo, com jogos somente nos finais de semana e, no meio da semana.