O elenco está definido
Os maiores problemas da seleção brasileira são a falta de conjunto, elenco e time. Na última convocação, Scolari tentou corrigir essa indefinição. Manteve quase todos os jogadores. As novidades foram somente Mauro Silva e Juninho Pernambucano, que já estiveram em outras convocações, nos lugares de Juninho Paulista, Edilson e Emerson, contundido. Há muitos convocados que não agradam à maioria dos torcedores e imprensa. Nem a mim. Porém, não se pode esquecer que os técnicos convocam de acordo com seus planos táticos. Não se pode comparar a qualidade de jogadores que atuam em posições diferentes. Juninho Paulista e Zinho, dois excelentes jogadores, clamados pela torcida, ficaram de fora. Eles não podem ser comparados com os volantes Tinga e Eduardo Costa e sim com Juninho Pernambucano, Alex e Leonardo. Na minha escalação não estariam Juninho Paulista, Zinho, Alex e Leonardo. São todos excelentes, mas atuam mais ou menos na mesma posição. Na função, prefiro o Djalminha (contundido, mas provavelmente não seria chamado se não estivesse) e o Ricardinho do Corinthians, além do Juninho Pernambucano. É apenas minha opinião. Não tenho pretensão de ser o dono da verdade. Já que Felipão convocou o experiente Leonardo, seria melhor o Zinho. O jogador do Grêmio está em grande forma. Leonardo é bom, mas não brilha há muito tempo. Era reserva do Milan. Voltou da Itália e ficou surpreendido com a convocação. Outra ausência muito reclamada foi a do Edilson. Ele e Euller ocupam o mesmo espaço. Euller é mais regular e disciplinado. Edilson tem mais habilidade, mas nunca jogou bem na seleção. Seria um ou outro. Não faz diferença. Há também vários jogadores convocados com pouco talento para atuar na seleção brasileira, mas não existe bons substitutos para a posição. É a realidade. Faltam um excelente lateral-direito para substituir ou ocupar a posição do Cafu, zagueiros excepcionais e um grande armador capaz de desarmar e apoiar. Vampeta, que era a grande esperança, há muito tempo não joga bem. Todos os técnicos têm suas preferências e idiossincrasias. Mais ainda do que Luxemburgo e Leão, Scolari privilegia jogadores que já conhece, que tem confiança. Dentro e fora de campo. Sente-se mais seguro. Prefere não arriscar. A opção pela segurança é também um risco. Podem ficar de fora jogadores importantes. Espero que o técnico esteja seguro e correto. Tostão escreve no UOL Esporte com exclusividade às quintas-feiras; para ler colunas anteriores, clique aqui.
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P.Você não acha inadmissível o França estar fora da seleção? Além de fazer gols, está armando muito bem. Tiago Machado R.Caro Tiago, há muito tempo que defendo o França na seleção brasileira. Ele teve algumas oportunidades, mas não jogou bem. Mas quem jogou? Scolari gosta do centroavante fixo, como o Élber. Prefiro um jogador que faça gols e dê passes, como o França. P.Você não acha que o Marcelinho Carioca deveria ser perdoado e todos deveriam ser mais humildes, para o bem do Corinthians? Osvaldo R.Do jeito que as coisas evoluíram, é quase impossível uma reconciliação. Os jogadores e o Luxemburgo disseram que não jogam mais com o Marcelinho. Quem perde é o Corinthians. Marcelinho é um ótimo jogador. Pior ainda é que o Corithians não resolve a situação. Isso alimenta mais ainda a briga interna no clube.
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