Palmeiras na semifinal
Rosário Central e Boca Juniors, da Argentina, Cruz Azul, do México, e Palmeiras são os semifinalistas da Copa Libertadores. O Rosário Central tem um time modesto, mas aguerrido. O grande destaque da equipe é o meia Gonzales, contratado pela Fiorentina, da Itália.
O Cruz Azul é apenas esforçado, veloz, mas tem a vantagem da altitude. Seu melhor jogador é o atacante paraguaio Cardozo.
O Boca venceu o Vasco com mais facilidade do que se esperava. O time argentino é "copeiro", experiente e organizado. Tem Riquelme, jogador excepcional e um dos melhores do mundo. O time sabe atuar com eficiência em sua casa e na do adversário. Muda de tática com segurança e competência.
Joel Santana deve ter pensado que o Nasa fez falta contra o Flamengo. Com ele, o Vasco ficou pior. As últimas derrotas do time confirmam que a equipe não é tão boa quanto diziam. Há muitos jogadores medianos no meio-campo e na defesa. A equipe depende do talento do Romário e do Juninho e da velocidade do Euller.
Juninho Pernambucano faz muita falta. Ele é melhor do que parece, ao contrário de vários jogadores apenas habilidosos, espalhados pelo Brasil. Desarma, passa e finaliza bem. É regular e faz o que é preciso. Não inventa.
Depois de cinco meses afastado do futebol, Juninho assinou contrato com o Lyon, da França. Por ter ganho o passe na Justiça, houve um acordo deplorável entre os clubes e o Vasco, para não contratá-lo. Ele seria, por exemplo, um grande reforço para o Cruzeiro, que não tem um meia-direita.
Falavam que o Vasco e o Cruzeiro eram os times mais fortes do Brasil, mas foi o Palmeiras que se classificou. No Mineirão, novamente aconteceu uma partida equilibrada, emocionante, de muitas faltas e decidida nos pênaltis.
Marcos confirmou sua excepcional qualidade nas partidas e nas penalidades. É o melhor goleiro do Brasil. Alex, Lopes e Felipe jogaram mal.
O Cruzeiro voltou a perder numa decisão principalmente pela falta de atletas excepcionais. Além disso, Geovanni e Sorín, seus dois melhores jogadores, fizeram falta. Um time que tem no meio-campo vários jogadores apenas marcadores e cumpridores do esquema tático, como Cléber Monteiro, Marcus Vinicius e Jackson, não pode ser uma grande equipe, como muitos diziam.
O Boca Juniors tem um ligeiro favoritismo, mas não será surpresa se o Palmeiras for campeão. Pela qualidade de seus jogadores e entusiasmo pela classificação, o time pode jogar bem mais.
Tostão escreve no UOL Esporte com exclusividade às quintas-feiras; para ler colunas anteriores, clique aqui.
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P.Olá, Tostão, tudo bem? Minha pergunta é: qual deveria ser o papel do coordenador técnico da seleção? Esse trabalho está sendo bem executado atualmente? Vitor Mattos R.Vitor, na seleção e nos clubes, o coordenador técnico é uma figura decorativa. Não decide nada na parte técnica, nem na administrativa. Na prática, é difícil, mas o coordenador deveria dividir com o técnico a responsabilidade da convocação, da escalação e da estratégia tática. O técnico executaria os treinos após discutir com o coordenador. P. Tostão, a maioria das pessoas fala que a seleção não tem tempo para treinar... Eu acho que o problema é falta de técnica e habilidade. E você? Mauro Wander Pinto Dietrich R.Wander, concordo com você. A falta de treinos é apenas um dos problemas da seleção. Não é o mais importante. É fundamental definir um elenco e um time. Há muitos bons, mas faltam jogadores excepcionais. | | |