Polícia investiga suástica em gramado de estádio croata, e Suker pede ajuda
A polícia croata investiga quem fez a marca de uma suástica no gramado do estádio Poljud, em Split, em que foi disputada a partida entre a seleção local e a Itália, pelas Eliminatórias para a Eurocopa de 2016, conforme informou nesta quinta-feira o presidente da federação do país, Davor Suker.
"Espero que os hooligans não triunfem. Pedimos ajuda de todos para protejer ao futebol. Do governo do croata e de toda a cidade de Split", afirmou o ex-atacante.
O jogo tinha portões fechados por punição aos anfitriões, devido cânticos nazistas e racistas, durante partida contra a Noruega, no dia 28 de março, também realizada na capital croata. A imagem da suástica foi feita por jornalistas que acompanharam a partida da tribuna de imprensa e telespectadores.
"Nós pedimos desculpas a todas as pessoas que acompanhavam o jogo, aos visitantes da Itália e aos jogadores de ambas as seleções", afirmou em nota a federação croata, de acordo com a agência de notícias local "Hina".
Segundo a entidade, a marca teria que ser feita entre 24 e 48 horas do jogo, para que ficasse visível durante o confronto. Além disso, admitiu a tentativa de "apagar" a suástica do gramado no intervalo do duelo.
No fim da partida, a polícia croata retirou partes do gramado onde o símbolo foi inscrito, para realização de exames periciais. Zoran Cvrk, diretor de segurança da federação, afirmou que espera uma punição rigorosa pelo incidente, mas defendeu a entidade, dizendo que a responsabilidade é da empresa que faz manutenção do gramado.
"Trata-se de uma evidente sabotagem e de um ato criminoso, que condenamos. Pedimos à polícia e aos órgãos judiciais, que descubram o responsável que envergonhou não só o nosso futebol, mas a todo o povo croata", diz a nota emitida pela federação.
A imprensa local publicou neste sábado que a suástica teria surgido no gramado a partir de um líquido jogado para "queimar" o gramado, tornando o símbolo visível a partir do acendimento da iluminação do estádio. A polícia local não comentou as informações.
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