Ministro britânico diz que a "Rússia deveria perder a Copa de 2018"
O vice-primeiro-ministro da Grã-Bretanha, Nick Clegg, polemizou ao dizer, neste domingo, que a "Rússia deveria perder o direito de sediar a Copa de 2018 caso o presidente Vladimir Putin continue desestabilizando a Ucrânia". O país será sede do Mundial de 2018.
Político britânico de mais relevância a pedir pela exclusão dos russos, Clegg disse que o comportamento de Putin no imbróglio com a Ucrânia "passou dos limites" e chegou a uma "situação crítica".
Ele ainda falou sobre a briga entre russos e ucranianos, que impediu especialistas internacionais de vistoriarem o local onde caiu o avião malaio derrubado no leste da Ucrânia no último dia 17: "Se tem algo com o que Putin se importa é, até onde eu sei, com seu status", disse Clegg ao jornal The Sunday Times. "Talvez se lembrássemos a ele que você não consegue manter o mesmo status se ignorar o resto do mundo, isso irá ter algum efeito em suas ações", atacou.
Uma intervenção de Clegg, líder dos Liberais Democratas, partido que compõe a coalizão de dois partidos que governa a Grã-Bretanha, poderia pressionar o primeiro-ministro, David Cameron, líder dos Conservadores, a assumir uma posição a respeito do assunto.
O porta-voz de Cameron, até agora, disse que ele prefere não misturar política com esporte e usar outros mecanismos, como congelamento de bens e sanções aos russos por parte da União Europeia, para efetivamente punir a Rússia.
"Vladimir Putin tem que entender que não se pode ter tudo ao mesmo tempo", disse Clegg. "Ele não pode repetidas vezes testar a paciência da comunidade internacional, desestabilizar um país vizinho, proteger grupos separatistas no leste da Ucrânia e ainda ter todos os privilégios e a honra de ser o país-sede da Copa do Mundo de 2018."
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