Mauro Cezar: 'Fluminense é um time hoje mais preparado que o Vasco'
No clássico entre Fluminense e Vasco pela sexta rodada do Campeonato Brasileiro, no último sábado, o time treinado por Odair Hellmann levou a melhor e impôs a primeira derrota da equipe comandada por Ramon Menezes na competição. Depois de oito anos, os clubes voltam a estar simultaneamente entre os quatro melhores do nacional.
No podcast Posse de Bola #52, o jornalista Mauro Cezar Pereira analisa os dois times e vê o Fluminense de Odair Hellmann melhor preparado para a temporada do que o Vasco de Ramon, ressaltando que o treinador vascaíno pegou um trabalho que não estava dando certo com Abel Braga, enquanto o rival já havia feito bons jogos mesmo antes da estreia no Brasileirão.
"O Ramon conseguiu, e isso não é uma critica, é até elogio, ele conseguiu fazer o Vasco ser minimamente competitivo, que não era com o Abel Braga, mas o 'Ramonismo' não é uma revolução no futebol, não é uma novidade, é uma estratégia utilizada por muitas equipes, time que joga marcando no seu campo, usa alguns jogadores rápidos para chegar no ataque, o Luxemburgo fazia isso no Vasco ano passado e era tratado como se fosse a invenção da roda, nada demais, é um jogo reativo, como se diz, nada além disso", diz Mauro Cezar.
"O Fluminense é um time hoje mais preparado, é um time com o trabalho que já vem, como é que chama, Hellmannismo? O Hellmannismo começou no início do ano, o Fluminense, em que pese a fragilidade dos adversários, que o Vasco não conseguia vencer com o Abel, o Fluminense aplicou goleadas, tinha a melhor pontuação do campeonato [estadual] quando o futebol parou. Na volta, tropeçou em alguns jogos e o Flamengo passou, mas o Fluminense tinha a melhor pontuação, fez jogos duros com o Flamengo no final do estadual, então tem já uma certa casca", completa.
Mauro afirma ainda que para o time do Fluminense dar certo na atual temporada será necessário que o técnico consiga gerenciar e alternar a escalação dos jogadores mais veteranos e fazer com que eles entendam a necessidade do time por mobilidade em alguns momentos.
"E aí a grande questão é essa também agora do lado do Fluminense, o Fred vai aceitar ser esse coadjuvante que entra em alguns jogos, como o D'Alessandro fazia com o próprio técnico atual do Fluminense, o Odair Hellmann, lá no Internacional? Esse é um ponto importante, se o Fred tiver essa maturidade, ótimo, ele vai ajudar. Claro que ele vai meter um golzinho ou outro ali, ele está ali mais paradão, meio veterano, mas sabe fazer gol, então a bola que sobrar, ele vai guardar uma ou outra", diz Mauro.
"Mas o Fluminense precisa de jogadores que participem intensamente, e o Nenê já é o cara que descansa enquanto os outros correm enquanto não têm a bola. E o Nenê dá um retorno técnico, ele tem feito gols, feito jogadas, agora, ter o Nenê e o Fred, o time perde a bola e compromete totalmente o andamento da estratégia do jogo do Fluminense. Então é para ele jogar em alguns fragmentos do jogo, como o Ganso, que entrou ali, não foi um grande passe, mas ele que tocou a bola, foi assistência do Ganso e gol do Fred", conclui
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