Posse de Bola #52: SPFC domina clássico, Fla e Inter vencem, e VAR revolta
O São Paulo venceu o Corinthians, dando tranquilidade ao técnico Fernando Diniz, o Fluminense derrotou o Vasco no clássico do Rio de Janeiro, o Flamengo voltou a vencer sob o comando de Domènec Torrent, o Palmeiras de Vanderlei Luxemburgo jogou mal mais uma vez e sofreu o empate nos acréscimos contra o Bahia e o Internacional se manteve na liderança, mas o protagonista da sexta rodada do Campeonato Brasileiro foi o VAR, que causou reclamações e revolta, como a do goleiro Gatito Fernandez, do Botafogo, que chutou a cabine do vídeo.
No podcast Posse de Bola #52, os jornalistas Arnaldo Ribeiro, Eduardo Tironi, Juca Kfouri e Mauro Cezar Pereira analisam os destaques da rodada do Brasileirão nos jogos disputados no fim de semana e opinam se as reclamações a respeito do uso do VAR no futebol brasileiro são procedentes após a participação decisiva do recurso de vídeo nas vitórias do líder Internacional sobre o Botafogo e do Flamengo diante do Santos.
Os comentaristas criticam a forma como tem sido usado o VAR no futebol brasileiro e Mauro Cezar destaca, assim como Arnaldo Ribeiro, que a falta de torcedores nos estádios devido à pandemia do novo coronavírus tem feito com que os árbitros demorem muito para a tomada de decisão, como no caso do jogo entre Santos e Flamengo, na Vila Belmiro, em que houve dois gols anulados da equipe paulista com o uso do vídeo com um longo intervalo até a definição.
"O VAR é uma mala aqui no Brasil, realmente não dá. O Arnaldo escreveu um negócio ontem perfeito no Twitter, os caras sem torcida parece que ficam realmente mais à vontade para sacanear o futebol e demorar o tempo que for necessário porque não tem ninguém ali gritando no ouvido deles, xingando, aporrinhando, torcedor pegando no pé, então eles ficam realmente o tempo que eles querem", diz Mauro Cezar.
"Eles acertaram tecnicamente, mas a execução é uma sabotagem com o futebol, é uma sacanagem com o futebol, não pode demorar aquilo. O sujeito não pode ficar aquele tempo todo ali para poder tomar a decisão, isso é absurdo, então isso atrapalhou muito o jogo", completa.
Juca Kfouri diz que a impressão que os árbitros passam com a demora para a tomada de decisões e quantidade de vezes em que o VAR interfere no futebol parecem uma sabotagem dos árbitros ao próprio sistema de vídeo. Ele vê o uso do vídeo no Brasil no sentido contrário da proposta de interferência mínima e máxima eficácia.
"Eu tenho para mim que o sindicato dos árbitros aqui de São Paulo e do Brasil inteiro resolveu desmoralizar o VAR para que o árbitro retome a sua importância, porque os árbitros com o excesso do intervencionismo do VAR, o papel dos árbitros tem sido apenas ser porta-voz do VAR. São intermediários entre o VAR e o jogo, eles não têm mais opinião, não tem mais decisão. E aí só pode ser por isso", diz Juca.
"Já é o terceiro ano, nada justifica tamanha demora, é rigorosamente um absurdo que isso aconteça. Então aquela ideia, o máximo de acerto, o máximo de eficácia e o mínimo de interferência, aqui no Brasil é o contrário, é o máximo de interferência com o mínimo de eficácia, é revoltante", completa.
Crítico do VAR desde o princípio do uso no futebol, Arnaldo Ribeiro afirma que o sistema de vídeo já passou da fase de testes e que precisa ser revisto para que não estrague o esporte.
"O VAR, ele é uma praga, ele é um vírus, o VAR é pandêmico. O VAR não é uma coisa de agora que está sendo testado, o VAR já vem há muito tempo e já há tempo de a gente fazer uma análise, parar e concluir que o VAR não ajudou o futebol como se imaginava, esse é o primeiro ponto. Acho que está no tempo de ser revisto para que não estrague o jogo, porque ele tem o potencial de estragar o jogo. E no Brasil ele está estragando o jogo", conclui.
Além do uso do VAR, o programa também analisa o nível de futebol apresentado no clássico entre São Paulo e Corinthians, o fim da invencibilidade do Vasco de Ramon no clássico com o Fluminense, a vitória e os gols perdidos do Flamengo contra o Santos de Cuca, além do desempenho criticado do Palmeiras de Vanderlei Luxemburgo e o Internacional de Eduardo Coudet líder do Brasileirão enquanto o rival Grêmio foi campeão gaúcho, e o primeiro título de Jorge Sampaoli no futebol brasileiro ao vencer o Campeonato Mineiro com o Atlético-MG.
Posse de Bola: Quando e onde ouvir?
A gravação do Posse de Bola está marcada para segundas e sextas-feiras às 9h, sempre com transmissão ao vivo pela home do UOL ou nos perfis do UOL Esporte nas redes sociais (YouTube, Facebook e Twitter). A partir de meio-dia, o Posse de Bola estará disponível nos principais agregadores de podcasts.
Você pode ouvir o Posse de Bola em seu tocador favorito, quando quiser e na hora que quiser. O Posse de Bola está disponível no Spotify e na Apple Podcasts, no Google Podcasts e no Castbox . Basta buscar o nome do programa e dar play no episódio desejado. No caso do Posse de Bola, é possível ainda ouvir via página oficial do UOL e YouTube do UOL. Outros podcasts do UOL estão disponíveis em uol.com.br/podcasts.
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