Mauro Cezar: Palmeiras não pedir adiamento não é virtude, é mera obrigação
O Palmeiras vive um surto de covid-19 nos últimos dias, com o time tendo jogado com vários desfalques no jogo com o Ceará, pela Copa do Brasil, e diante do Goiás, pelo Brasileirão, no último sábado, quando o time acabou derrotado pelo lanterna da competição com um gol nos minutos finais. E o clube não se posicionou pelo adiamento dos jogos, defendendo o protocolo da CBF.
No podcast Posse de Bola #76, Mauro Cezar Pereira cita o posicionamento do Palmeiras quando o Flamengo pediu adiamento do jogo entre os dois clubes devido aos casos de covid-19, e diz que o Palmeiras não faz mais do que sua obrigação ao aceitar jogar sem reclamar dos desfalques causados pelo vírus no elenco.
"Era só o que faltava o Palmeiras pedir para adiar jogo depois de brigar tanto para jogar contra o Flamengo, que eu achava que aquele jogo tinha que acontecer também porque se o Flamengo assinou lá o papel, que jogue. Eu acho que vale para todos, vai lá, assinou, concordou. Os jogadores do Flamengo quando voltaram a treinar, não estavam felizes que estavam voltando a treinar? Que joguem, paciência", diz Mauro Cezar.
"Os jogadores, é bom lembrar, emitiram uma nota desautorizando o sindicato dos atletas de São Paulo, porque o sindicato tentou fazer ali uma intervenção na justiça ou anunciou que faria para impedir a realização do jogo, então os atletas também são coniventes com isso, aliás, os atletas de futebol não se manifestam por nada quase, raríssimas exceções. E ali se manifestaram 'nós queremos jogar, confiamos nos protocolos'. Amigo, assinou que confia no protocolo, então eu acho que é bom deixar isso bem claro, o Palmeiras não faz favor nenhum ao não se manifestar", completa.
Mauro afirma que a crítica feita ao Palmeiras vale para o Flamengo e os demais clubes que aceitaram os protocolos da CBF de não haver adiamento da partida no caso de surtos de covid, além de citar assuntos pelos quais também criticou em outros momentos a direção do clube rubro-negro.
"O Palmeiras não faz favor nenhum, porque brigou para jogar, e essa crítica que eu faço, antes que alguém fale 'você está sendo clubista', não, é parecida com as críticas que eu faço ao presidente do Flamengo, quando foi lá procurar o presidente da República para acelerar tudo, passando por cima de tudo, para assinar MP, são assuntos diferentes, mas a crítica é parecida, que é a postura que caracteriza o futebol brasileiro. Eu penso em mim, vou ver o meu lado e acabou", afirma o jornalista.
"Ia ser muito engraçado o Palmeiras reclamando porque iria querer adiar jogo depois de fazer força para jogar naquelas condições. Agora todo mundo que vá jogar, eles que joguem, e outra coisa, a CBF agora abriu para inscrever mais jogadores, tem isso também, é um fato novo, então aquela possibilidade de você ter menos atletas para colocar, não ter 13, 14, 15, sei lá, ela diminui, porque todo mundo pode incluir até o fraldinha daqui a pouco na inscrição do Campeonato Brasileiro, então teve esse fato novo também, o Palmeiras tinha jogadores para ir a campo", completa.
Mesmo desfalcado, segue a obrigação de passar pelo Delfín
Na opinião de Mauro Cezar Pereira, embora a situação não seja tão simples com os desfalques causados pela covid-19, o Palmeiras segue com o favoritismo diante do Delfín, do Equador, no jogo de quarta-feira pelas oitavas de final da Libertadores.
Ele cita o desempenho da equipe equatoriana nos últimos jogos e afirma que seria mais complicado se o adversário palmeirense fosse o Defensa y Justicia, da Argentina, que estava no mesmo grupo do Delfín, que era o adversário preferido no momento do sorteio do mata-mata da competição continental.
"O Delfín não ganha há quatro jogos, três derrotas e um empate, tomou a virada no último lance agora, estilo Lima-2019, do Emelec no final de semana pelo campeonato do Equador, também já vem meio que caindo pelas tabelas, o Palmeiras mesmo com um time desfalcado, tem obrigação de passar pelo Delfín, embora eu admita que é claro que vai ser mais difícil que em condições normais, se tivesse com o time completo", diz Mauro.
"O Palmeiras pegou uma carne assada em relação aos demais, claro que na Libertadores sempre tem o risco, a gente não pode menosprezar os times dos países vizinhos, de vez em quando aparece um desses pequenos até e surpreendem, de qualquer país, até da Venezuela de vez em quando dá trabalho, Bolívia e tudo mais. Mas pegou o adversário que todo mundo queria, todo mundo que eu falo todos, o River queria, o Boca queria, todo mundo queria pegar o Delfín. Delfín era caderneta de poupança e ministro, nunca foi time de futebol", conclui.
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