O Flamengo venceu o Internacional de virada por 2 a 1 no Maracanã em jogo que teve polêmica pela expulsão de Rodinei, lateral do time colorado, no início do segundo tempo. Enquanto o clube rubro-negro assume pela primeira vez a liderança do Brasileirão a uma rodada do fim da competição, há muita reclamação pelo lado do agora vice-líder com as decisões tomadas pela arbitragem.
No podcast Posse de Bola #102, os jornalistas Arnaldo Ribeiro, Eduardo Tironi, Juca Kfouri e Mauro Cezar Pereira analisam a partida do Maracanã, a vitória do Flamengo, mais um gol de Gabigol na reta final, a expulsão de Rodinei, que esteve em campo devido ao pagamento de uma multa de R$ 1 milhão após doação de torcedor, e como chegam os times para a partida final da competição na próxima quinta-feira (25).
Para Juca, há uma discussão excessiva em relação ao lance da expulsão de Rodinei e o futebol brasileiro tem se caracterizado por muitas reclamações, acusações de roubo que são indevidas.
"Nós vamos lembrar como a final em que um time foi melhor que o outro e ganhou de 2 a 1, ajudado por uma expulsão polêmica, mas absolutamente razoável segundo todos os critérios da arbitragem brasileira. Houve o pisão? Houve. Foi intencional? Não sei, eu não consigo entrar na cabeça de ninguém. Consigo interpretar que talvez não tenha sido? Sim, mas nem por isso deixa de ser falta e que eventualmente possa ser punida com a gravidade de um cartão vermelho, como acontecem pênaltis sem nenhuma intenção", diz Juca.
"Dizer que houve um roubo ontem no Maracanã é típico do chororô nacional, que aliás, atinge a tudo e a todos. Ninguém perde mais nenhum jogo normalmente no Brasil, às vezes até quando toma de 5, alguém justifica que se aquele primeiro gol não tivesse sido irregular, o resultado não teria sido 5 a 0", completa.
Comparação indevida com Tinga em 2005
Juca afirma que não cabem as comparações da expulsão de Rodinei com a de Tinga contra o Corinthians no Campeonato Brasileiro de 2005, quando não foi marcado o pênalti e o jogador do Inter levou cartão vermelho com a justificativa de simulação por parte do árbitro Márcio Rezende de Freitas.
"É um chororô, tenho ouvido e lido comparações absolutamente bizarras, comparar com o lance do pênalti no Tinga em 2005. Ali, não apenas o Fábio Costa fez pênalti no Tinha, como o Tinga foi expulso por ter sofrido um pênalti, como se houvesse simulado. Mesmo ali, que foi uma profunda injustiça com o Inter, se o Inter tivesse vencido o Coritiba, rebaixado, no último jogo, o Inter teria sido o campeão", diz Juca.
"O Inter tem que estar mais preocupado em ter perdido para o Sport e não em ficar nesse chororô de mandar pôr no DVD, mandar pôr sei lá onde, no pen drive, na nuvem, é um exagero sem par. O Flamengo na penúltima rodada assumiu uma liderança que provavelmente vai levá-lo, pode levá-lo ao título, embora não tenha vencido o São Paulo nessa temporada, embora esteja há oito jogos sem ganhar do São Paulo", completa.
Flamengo poderia ter vencido por mais
O jornalista afirma que o Flamengo foi melhor dentro de campo e mereceu a vitória por um placar até mais elevado, considerando que, assim como a expulsão de Rodinei é discutível, a falta de Pedro no lance do gol anulado, que seria o terceiro do time carioca, também é um lance interpretativo.
"O Flamengo chegou a essa situação antes da última rodada podendo até eventualmente perder o jogo final e ser o campeão, porque livrou dois pontos de vantagem sobre o vice-líder, com absoluta justiça. Jogou melhor, não foi um grande jogo, achei que o Flamengo iria jogar mais do que jogou, mas 2 a 1 foi pouco, porque dá para discutir se o Pedro fez falta. Na Libertadores aquele lance não seria classificado como falta, embora eu também admita que o árbitro tenha marcado a falta, o empurrão", conclui.
Além do jogo entre Flamengo e Inter, o episódio também analisa a situação do Vasco, virtualmente rebaixado para a Série B pela quarta vez em 12 anos, com o Botafogo também tendo caído, o que deixa o futebol carioca com apenas dois representantes na elite, e ainda o Corinthians projetando uma temporada com time mais modesto, as saídas de Cuca do Santos e Jorge Sampaoli do Atlético-MG.
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