Clubes que nas últimas temporadas rivalizam pelos principais títulos do futebol brasileiro, Flamengo e Palmeiras se enfrentam no domingo (11) pela Supercopa do Brasil, no primeiro título referente a 2021, no estádio Mané Garrincha, em Brasília, com cada equipe tendo apresentado na última semana o que deve ser o estilo de jogo para todo o ano. No podcast Posse de Bola #115, os jornalistas Arnaldo Ribeiro, Eduardo Tironi, Juca Kfouri e Mauro Cezar Pereira analisam o confronto, a forma como cada time poderá se portar e se há algum favoritismo.
Mauro Cezar afirma que é um confronto de estilos muito diferentes já há algumas temporadas, exceto pelo período no qual Abel Braga dirigiu o Flamengo, com o Rubro-negro adotando uma postura mais ofensiva e com a posse de bola, enquanto o Alviverde se caracteriza como um time reativo, que se defende bem e tenta explorar os contra-ataques em velocidade.
"É um duelo de estilos absolutamente diferentes e isso já vem acontecendo há algum tempo, tempos em que o Cuca era o técnico do Palmeiras, o Zé Ricardo no Flamengo já acontecia essa situação, com propostas bem distintas, isso seguiu com o Barbieri no Flamengo e o Felipão no Palmeiras, depois com a passagem do Mano, e aí o Mano e o Felipão caíram em derrotas para o Jorge Jesus", afirma o jornalista.
"O único momento em que o Flamengo tentou imitar o Palmeiras foi na fase em que contratou e manteve por um semestre aproximadamente o técnico Abel Braga, ali o Flamengo tentou ficar parecido com o Felipão, aliás, ali foi uma demonstração da nova diretoria então de desconhecimento sobre o próprio Flamengo e sobre o trabalho do técnico versus perfil dos jogadores que estavam sendo contratados, porque o Flamengo não contratava jogadores para jogar daquela maneira, o desenho não era esse", completa.
Mauro afirma que a questão na análise do Flamengo em relação ao Palmeiras não é pela força dos adversários enfrentados, mas a forma como cada time se porta independentemente de quem encara pela frente.
"Ninguém está dizendo que o Madureira é forte, a ressalva é feita quando se analisa os jogos que o Flamengo fez. A questão é a postura, a proposta, é isso o que a gente tem que olhar, acho eu. Qual é a proposta do Flamengo? É entrar em campo, ocupar o campo do adversário, desejar a bola o tempo todo e agredir, agredir e agredir. Não vai fazer isso 90 minutos contra muitos times porque é impossível em 90 minutos jogar assim, mas enquanto o gás permitir e enquanto a vantagem não for alcançada ou ampliada o time deverá jogar assim, pelo menos é isso o que ele sinaliza, se preparou durante duas semanas para jogar assim e ele apresentou isso", diz Mauro.
"Fosse o Flamengo um time com a mentalidade do técnico do Palmeiras, ao marcar um primeiro gol no Madureira, talvez recuasse para ter espaço, contra-atacar e marcar outros gols no Madureira. O Flamengo continua acampado no campo do adversário, Bangu, Madureira e será assim contra o Palmeiras com toda a certeza, e o Palmeiras vai jogar fechado, contra-atacando, o que não é proibido, é legítimo, mas eu acho que jogar contra uma equipe como o Defensa y Justicia daquela forma, encolhido, esperando, tendo um elenco maior, é o subaproveitamento de um elenco", conclui.
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