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OPINIÃO

Juca Kfouri: São Paulo se arma moralmente para fazer uma boa temporada

Do UOL, em São Paulo

24/05/2021 17h35

O título conquistado pelo São Paulo depois de 16 anos de espera no Campeonato Paulista teve entre seus personagens o técnico argentino Hernán Crespo e o coordenador técnico Muricy Ramalho, que voltou ao clube na nova gestão e participou do processo de contratação do novo comandante do time.

No podcast Posse de Bola #128, Juca Kfouri afirma que o título do São Paulo foi indiscutível, lembrou o valor que o clube deu para a competição desde o início da temporada, além de destacar a confiança que o torcedor passa a ter para a sequência das competições, com a comemoração de uma taça e a presença de alguém vencedor e identificado com o clube, como é o caso de Muricy.

"É absolutamente indiscutível o título do São Paulo e não é hora de fato de você tentar minimizar a importância do título porque, afinal, é um campeonato menor. Para o São Paulo, desde o início, não foi. O Palmeiras não deu ao campeonato a mesma importância que o São Paulo até a página 3, porque contra o São Paulo deu tanta importância que sacrificou não apenas a sua invencibilidade, mas a liderança na classificação geral da Libertadores, que pode ter um preço", diz Juca.

"Não há o que discutir, o São Paulo sai da fila, o São Paulo ganha o seu 22º título, o São Paulo moralmente se arma para fazer uma boa temporada em 2021, o São Paulo te de volta o Muricy Ramalho. É indiscutível, eu não sei qual foi a influência que o Muricy teve nisso tudo, mas alguma há de ter tido, até pelo que disse o Crespo depois do jogo. Isso dá ao torcedor do São Paulo a confiança de que temos na retaguarda um vencedor, um vencedor declaradamente e apaixonadamente tricolor", completa.

O jornalista lamenta apenas a aglomeração dos torcedores no entorno do Morumbi, mas afirma que era inevitável pelo que o futebol proporciona, acredita que ocorreria no caso de outras torcidas — como a do próprio Palmeiras campeão da Libertadores no início do ano —, além de citar o exemplo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ao desfilar de moto no Rio de Janeiro e aglomerar com apoiadores.

"É claro, é de se lamentar a aglomeração de ontem, mas é inevitável, é aquilo que eu sempre digo, o problema não é exatamente o jogo, transcorrer o jogo, mas é o que o jogo proporciona. Como evitar que uma molecada fosse ao Morumbi respaldar o time? Ainda mais em um país em que o genocida que o dirige sai de moto pelas ruas do Rio, faz um espetáculo de 'mortociclismo'. Vai pedir para o torcedor ficar em casa? Ele não vai ficar em casa, ele não vai ficar em casa, ele vai para a rua", conclui.

Posse de Bola: Quando e onde ouvir?

A gravação do Posse de Bola está marcada para segundas e sextas-feiras às 9h, sempre com transmissão ao vivo pela home do UOL ou nos perfis do UOL Esporte nas redes sociais (YouTube, Facebook e Twitter).

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