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Tricampeã olímpica Walsh planeja quarto filho e quarto ouro no Rio-2016

Luiz Paulo Montes

Do UOL, em São Paulo

12/10/2013 06h00

Kerry Walsh parece incansável e inacabável como atleta. Dona de três medalhas de ouro olímpicas no vôlei de praia, a norte-americana ainda se vê em condições de ganhar no Rio, em 2016. Mais do que isso: quer manter a média de um filho para cada ouro. Sendo assim...

“(Risos) É, temos essa média. Meu marido brinca com isso também, sabia? Eu quero um quarto filho. Então, preciso de uma medalha de ouro no Rio de Janeiro também. É tudo que quero “, brincou a americana, em entrevista ao UOL Esporte.

Aos 35 anos, Walsh tem um físico impressionante. Quem a vê de perto não diz que há pouco mais de seis meses ela teve o terceiro filho – a pequena Scout Margery, que nasceu em abril. Três meses depois, estava de volta às quadras, em Gstaad (SUI), quando foi eliminada nas oitavas de final.

A gravidez começou ainda em Londres, onde ela conquistou o tricampeonato olímpico e teve a companhia do marido Casey Jennings, que também é jogador de vôlei de praia, mas foi aos Jogos apenas como telespectador e parente da estrela.

Coincidentemente, os primeiros filhos do casal também foram gerados durante ou imediatamente depois de outras duas Olimpíadas, Atenas-2004 e Pequim-2008. Agora, enquanto os dois disputam o Grand Slam de São Paulo, sentem saudades das crianças, que ficaram nos Estados Unidos sob supervisão de parentes e uma babá.

No torneio disputado nesta semana no parque Villa Lobos, Walsh está de parceira nova. Sua antiga companheira, Misty May, com quem formou a dupla mais vitoriosa do vôlei de praia da última década, aposentou-se após os Jogos de Londres. Ao lado de April Ross, medalha de prata nos Jogos de Londres, a tricampeã tem se destacado, e a parceria disputa neste sábado a semifinal do torneio, etapa do Circuito Mundial. Às 10h, elas enfrentam as italianas Menegatti / Orsi Toth. A outra semifinal será entre as brasileiras Agatha / Maria Elisa e as alemãs Ludwig / Walkenhorst.  

Durante o evento na capital paulista, Walsh é a grande estrela. Engana-se, porém, quem pensa que todas as conquistas proporcionam algum tipo de favorecimento a ela. Pelo contrário. A americana é das mais atenciosas com fãs que a param para fotos e com a imprensa.

Quando não está jogando, senta-se à beira das quadras ‘externas’, no meio de uma multidão de atletas, e assiste aos jogos. Distribui sorrisos, conversa com quem se aproxima e fica com vergonha ao ser questionada se os rivais no Circuito também a tietam.

“Oh, não.  Eu sou uma pessoa normal. No Circuito Mundial, as pessoas estão acostumadas com a minha presença. Sou uma jogadora de vôlei de praia, que amo o que faço, o amo o meu trabalho”, afirmou a veterana.

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