Tijolinho aparente passeia por estilos como industrial e escandinavo
Obrigatório em imóveis com pegada industrial, o tijolinho aparente jamais passa despercebido. Atemporal, volta e meia retorna à cena em linguagem mais moderninha, como a versão branca, que tem tudo a ver com o estilo escandinavo, tão em alta hoje.
Graças à variação de cores, combina com propostas variadas, sendo bem aceito tanto em área interna quanto externa.
"Por ser um material expressivo, com diferentes texturas e variações de tons, destaca-se como elemento de decoração, mas serve também para aquecer espaços e ajudar no isolamento acústico", observa a arquiteta Mayara Sadala, do escritório MSAD Arquitetura.
De acordo com ela, a escolha do tijolinho reflete o estilo que se deseja transmitir ao projeto. "Os rústicos, com aspecto mais desgastado e bordas arredondadas, são uma releitura dos tijolos coloniais e recomendados para criar um ar mais despojado, industrial. Já os lisos são mais contemporâneos, para ambientes mais sofisticados", diz.
Branco e terracota costumam ser as cores mais adotadas. "Em construções mais antigas, é comum retirarmos o reboco revelando os tijolos maciços aparentes. Para as novas construções, utilizamos revestimentos", explica. Podem, ainda, ser aplicadas diferentes técnicas, caso da pátina.
Vários tipos de queima
Entre as opções disponíveis, há os feitos de barro, os cerâmicos e os sintéticos. "Os de barro são clássicos, considerados originais", pontua Mayara.
A arquiteta Pati Cillo esclarece que a variação de cores é obtida por meio de diferentes tipos de queima, aplicada em tijolos maciços ou comuns. "Encontramos desde o mais branco, o mesclado, os tradicionais avermelhados e até os mais queimados", lista.
Há os blocos baianos, furados, que trazem um aspecto mais industrial, se usados sem revestimento. Os tijolos ecológicos, por sua vez, não passam por processo de queima, enquanto o adobe tem aspecto mais rústico, produzido manualmente. "Neste caso, a secagem não utiliza fornos", observa Pati.
Existem, ainda, os refratários, que resistem mais ao calor e são usados, geralmente, em churrasqueiras e lareiras. Outra alternativa são os tijolos de revestimento, feitos como acabamento cerâmico, que têm espessura de um "azulejo"
"Entre os de revestimentos, podemos ter a linha com aspecto de tijolo mesmo, como o tijolo inglês, que tem uma queima com vários tons, desde os mais brancos até os mais queimados, com tons acinzentados e pretos", acrescenta a arquiteta.
Detalhes que fazem a diferença
Mayara observa que, além das opções de tijolinhos, o rejunte pode ser trabalhado de diversas formas, alterando sensivelmente o revestimento. "Pode ser nivelado na superfície (junta cheia) ou com pequena profundidade (junta frisada), com espaçamentos e cores variadas, de acordo com a vontade do cliente", mostra.
Há a opção de não utilizar o rejunte (junta seca), que é a instalação dos tijolinhos apoiados uns nos outros. "A junta seca cai muito bem em projetos mais minimalistas", comenta.
Os tijolinhos podem ser utilizados também como detalhe do projeto, com textura e acabamento suaves ao redor, tais como: madeira e cores neutras. "Se preferir dar mais personalidade, podem ser acrescentados espelhos, frases em neon, quadros e junta cheia", sugere Mayara.
Esmaltados para áreas molhadas
Segundo Pati, a linha de tijolos cerâmicos esmaltados, chamada subway tile (ou ladrilho de metrô), apresenta variações de dimensões e cores. "A diferença para os tijolos tradicionais é que eles são utilizados em áreas molhadas, como banheiros, cozinhas, frontões de áreas de churrasqueiras e até em fachadas", relata.
Aliás, os tijolos aparentes tradicionais precisam ser impermeabilizados, para evitar desgaste e infiltrações, já que são porosos. "Há, no mercado, produtos impermeabilizantes com bases que vão desde vernizes, resinas até silicone. Alguns deles podem alterar a cor dos tijolos", avisa Pati Cillo.
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