Outono na Arábia Saudita. Fim de tarde em Riad. Cai o dia que chegou a 34°C, e o vento fresco convida milhares de pessoas para um chá ao ar livre no gramado do Salam Park.
Sobre pesados e decorados tapetes estendidos em volta do lago, mães espalham garrafas térmicas e quitutes e, relaxadas, liberam suas crianças para gastarem energia. Um 'chai' comum numa quinta-feira comum, se não fosse por um tempero especial: luzes.
Um balé iluminado sobre a água, árvores coloridas, infláveis gigantes, lanternas suspensas, nuvens de laser e uma ponte interativa transformaram o popular parque em um dos principais pontos do Festival de Luzes de Riad, que levou 190 obras a mais de 40 espaços da capital saudita.
O gigantesco Noor Riyadh Festival, autointitulado "maior festival de luzes e artes do mundo", usou a iluminação para atrair em outubro a atenção da imprensa e do universo das artes para o país, que aposta no projeto Visão 2030 para reduzir a dependência do petróleo diversificando a economia, incluindo aí investimento em cultura e a promoção de uma imagem mais leve.