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Bolsonaro associa vacina da covid à Aids e famosos rebatem: 'Criminoso'

Taís Araújo e Zélia Duncan criticaram a declaração de Jair Bolsonaro (sem partido) - Reprodução
Taís Araújo e Zélia Duncan criticaram a declaração de Jair Bolsonaro (sem partido) Imagem: Reprodução

Colaboração para Splash, em Alagoas

25/10/2021 12h06

Depois que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) mentiu em live nas redes sociais ao associar a vacina contra o coronavírus ao HIV/Aids, famosos fizeram uso de seus perfis para rebater o mandatário e passar informações corretas sobre a importância do imunizante.

A atriz Taís Araújo republicou uma postagem feita pela doutora Jaqueline Goes, biomédica responsável por sequenciar o genoma da covid-19, em que a profissional de saúde afirma que "vacinas não causam Aids".

"Vou compartilhar aqui por motivos de informação necessária, com as palavras de quem realmente entende de ciência. Precisamos dar coro a essas vozes", destacou a famosa.

Através do Twitter, a cantora Teresa Cristina repostou a publicação da biomédica e disse que em seu perfil "trabalhamos com a verdade".

No Instagram, Samantha Schmütz e Giovanna Ewbank também compartilharam a postagem feita pela doutora Jaqueline.

Samantha destacou a "ignorância" de Bolsonaro. "Quanta ignorância um presidente falar uma mentira dessa gravidade. Esse cara é um desserviço para a humanidade. Acreditem na ciência", legendou.

Em seu perfil no Twitter, a cantora Zélia Duncan, inicialmente, compartilhou uma matéria sobre o assunto e escreveu apenas "criminoso" para se referir ao presidente após a mentira compartilhada pelo mandatário na live.

Posteriormente, em outro tuíte, a artista escreveu que "os totalmente imunizados são o que vão levar a vida do planeta adiante. O resto é desonestidade desesperada e criminosa de um sujeito desprezível".

De maneira sucinta, o ator Marcelo Serrado classificou a declaração do presidente como "inacreditável".

Facebook exclui live após mentira de Bolsonaro

O Facebook tirou do ar a live do presidente Jair Bolsonaro, realizada na última quinta-feira (21). Durante a transmissão, o chefe do Executivo Federal associou falsamente a vacina contra covid-19 à Aids.

Em nota, a empresa diz que as políticas da plataforma "não permitem alegações de que as vacinas de covid-19 matam ou podem causar danos graves às pessoas". A live também foi retirada do Instagram.

Na última quinta-feira, o presidente leu durante a transmissão uma suposta notícia, que diz que pessoas no Reino Unido que foram vacinadas com as duas doses da vacina contra covid-19 estava adquirindo Aids. "Recomendo que leiam a matéria. "Não vou ler aqui porque posso ter problemas com a minha live", disse.

A alegação já havia sido refutada pela OMS (Organização Mundial da Saúde), que reforçou a necessidade que portadores do vírus HIV se vacinem contra o coronavírus. Entidades como a SBI (Sociedade Brasileira de Infectologia) e a Unaids, programa das Nações Unidas de combate à Aids, condenaram a fala. "Não se conhece nenhuma relação entre qualquer vacina contra a Covid-19 e o desenvolvimento de síndrome da imunodeficiência adquirida", disse a SBI em nota.

O senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) encaminhou requerimento para que a CPI da Covid informe ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a fala, para que avalie "conduta potencialmente criminosa" do presidente. Moraes é o responsável pelo inquérito das fake news.