Marília Mendonça: Famosos acompanham cortejo em cima do carro de bombeiros
Após o corpo de Marília Mendonça deixar o ginásio Goiânia Arena com destino ao cemitério Parque Memorial de Goiânia, em Goiás, na tarde de hoje, os cantores Henrique e Juliano e Maiara e Maraisa subiram no carro do Corpo de Bombeiros para acompanharem o cortejo fúnebre. O trajeto até o cemitério foi marcado por emoção e homenagens dos fãs da cantora.
O tio da artista, o assessor Abicieli Silveira Dias Filho, também será sepultado no mesmo local. Os corpos deixaram o velório às 17h07 e seguiu trajeto de cerca de 13 km rumo ao cemitério.
O caminhão dos bombeiros seguiu trajeto pela rua 72 e percorreu as rodovias BR-153 e GO-020 para chegar ao cemitério Parque Memorial. O sepultamento estava previsto para ocorrer a partir das 17h30, mas ocorreu com mais de uma hora de atraso devido às homenagens a artista pelas ruas de Goiânia.
Uma multidão de fãs de Marília Mendonça se espalharam pelos cantos do trajeto divulgado pela assessoria da artista para terem a oportunidade de prestarem a última homenagem.
Os carros do Corpo de Bombeiros chegaram a ter os acessos ao caminho rumo ao cemitério travados em alguns trechos em razão da grande quantidade de populares que aguardavam para passagem do caixão da artista.
Com o cortejo fúnebre em andamento, segundo à reportagem da TV Globo, alguns fãs e admiradores da cantora começaram a aglomerar em frente ao cemitério Parque Memorial.
A Polícia e o Corpo de Bombeiros precisou montar uma cordão de isolamento na porta de entrada do local. A ação foi tomada para cumprir o desejo da família da artista em realizar um sepultamento reservado somente para familiares e amigos.
O corpo de Marília Mendonça e seu tio chegaram ao cemitério Parque Memorial, em Goiânia, por volta das 18h29 - com mais de uma hora de atrasado ao horário marcado para o início da cerimônia de sepultamento.
Os fãs presentes no local não esconderam a emoção e receberam os carros do corpo de bombeiros com aplausos, cantaram os sucessos da artista e usaram os celulares para iluminar o céu.
Os fãs de Marília Mendonça persistiram na porta do cemitério mesmo após o início do sepultamento como gesto de um último adeus.
Em meio às homenagens, como com aplausos, cânticos de sucessos da artista e exibições de faixas, muitos populares não conseguiram segurar às lágrimas.
Familiares estão sendo acompanhados de artistas que eram muito próximos da compositora — como as duplas Maiara e Maraísa, Henrique e Juliano, além de Jorge (da dupla com Matheus) e Mateus (que faz parceria com Kauan), Naiara Azevedo e Luísa Sonza. Vários deles se mostraram inconsoláveis, chorando bastante em registros divulgados nas redes sociais.
Na parte final da celebração pública, se juntaram ao grupo o cantor Gusttavo Lima e a influenciadora Pétala Barreiros. Os famosos ficarão em espaço restrito ao núcleo familiar.
O que se sabe sobre o acidente até aqui
A cantora Marília Mendonça, o piloto, Geraldo Martins de Medeiros, o copiloto Tarciso Pessoa Viana, o produtor Henrique Bahia, e o assessor Abiceli Silveira Dias Filho morreram na queda de um avião em Piedade de Caratinga (MG), a 309 km de Belo Horizonte.
O acidente, que aconteceu por volta das 15h30 de ontem, é investigado pelo Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos).
Veja a seguir o que já sabemos sobre o acidente que matou a cantora e outras quatro pessoas:
Quem estava no avião
- Marília Mendonça, cantora
- Abiceli Silveira Dias Filho (Silveira Dias), tio e assessor da cantora
- Henrique Bonfim Ribeiro (Henrique Bahia), produtor da cantora
- Tarciso Pessoa Viana, copiloto do avião
- Geraldo Martins de Medeiros, piloto do avião
Causas do acidente
O avião estava a 2 km do aeroporto onde iria pousar quando caiu.
A aeronave atingiu o cabo de uma torre de distribuição de energia elétrica antes de cair em um curso d'água de Piedade de Caratinga (MG). A informação é da Cemig (Companhia Energética de Minas Gerais), que administra o fornecimento de eletricidade na região.
Após o acidente, cerca de 33 mil pessoas, que dependem da Linha de Distribuição (LD) Caratinga 1, ficaram sem energia.
Investigações
Investigadores do SERIPA-2, órgão regional do Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos) no Rio de Janeiro, já estão no local do acidente para identificar indícios, fotografar a cena e retirar partes da aeronave para análise. Integrantes da Polícia Civil também participam da perícia.
Os trabalhos ainda são acompanhados de perto pelos advogados de Marília Mendonça, que estão no local. O trabalho segue ao longo do dia de hoje e dos próximos dias.
Uma nota da Força Aérea Brasileira, responsável pelo setor, deixou claro que "não existe tempo previsto" para que essas informações sejam coletadas, já que dependem da complexidade da ocorrência. O avião caiu em um local de difícil acesso.
Local era perigoso para aviões
Após o acidente, foi descoberto que dois pilotos já haviam feito notificações no sistema oficial da Aeronáutica, nos últimos três meses, alertando sobre os riscos de antena e torre de energia, sem iluminação, próximo ao aeródromo de Caratinga (MG).
Os relatos oficiais constam no sistema público do DECEA (Departamento de Controle Espaço Aéreo), da Aeronáutica. As notificações citam um obstáculo (antena). Para isso, ambos usa os termos "NEG LGTD", que quer dizer um objeto de forma não autorizada e não iluminada.
O trajeto
O avião saiu de Goiânia com destino ao aeroporto de Caratinga (MG), onde Marília Mendonça faria um show para 8.000 pessoas. Ela estava com seu produtor e com seu tio e assessor. O restante da banda fez o trajeto de ônibus e já aguardava pela cantora na cidade.
O modelo da aeronave
A PEC Aviação, empresa que faz transporte regular de passageiros por táxi aéreo, confirmou ser dona da aeronave que caiu com Marília Mendonça.
Fabricado em 1984, o modelo C90A da Beech Aircraft tem capacidade para seis passageiros e estava em situação regular, segundo a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil). O modelo pode custar até R$ 10 milhões.
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