Canibalismo, antivacina e sem noção: o elenco cancelado de 'Morte no Nilo'
O aguardado "Morte No Nilo" finalmente chega aos cinemas depois de ser adiado diversas vezes. O segundo filme baseado na obra de Agatha Christie e dirigido e estrelado por Kenneth Branagh não repete os mesmos personagens do longa anterior, o "Assassinato no Expresso do Oriente" (2017), com a exceção, é claro, do detetive Hercule Poirot.
Entre os diversos novos rostos na trama, três deles se envolveram em polêmicas recentemente: Armie Hammer ("Me Chame Pelo Seu Nome"), Gal Gadot ("Mulher-Maravilha") e Letitia Wright ("Pantera Negra"). O trio ganhou as manchetes e deixou o lançamento do longa bastante conturbado para a 20th Century Studios, estúdio responsável pelo título.
Abaixo, Splash explica quais foram os problemas em que os atores de "Morte no Nilo" se envolveram.
Armie Hammer
Em janeiro de 2021, o ator foi acusado por diversas ex-namoradas de abusar sexualmente delas. As denúncias surgiram depois que uma conta no Instagram divulgou mensagens supostamente enviadas por Hammer que revelavam um comportamento abusivo, com fetiches canibais e fantasias de estupro.
Como nunca foi provado que as mensagens foram realmente enviadas por ele, nenhuma ação legal foi tomada. No entanto, em março de 2021, uma mulher chamada Effie Angelova anunciou que processaria o ator. Segundo ela, Hammer a teria estuprado em 2017.
Outra denúncia aconteceu por parte de Paige Lorenze, uma ex-namorada de Hammer que afirmou ter tido a inicial do nome do ator marcada com uma faca em sua região íntima.
Além das duas, mais mulheres relataram conversas em que ele falava sobre praticar atos de canibalismo com elas. Foi o caso de Courtney Vucekovich, mais uma ex-namorada do acusado. Ela revelou que, além das fantasias canibais, o relacionamento com o ator era emocionalmente abusivo. Em entrevista ao site Page Six, Courtney relatou: "Ele disse que queria quebrar minha costela, fazer um churrasco e comer. Foi muito estranho. Ele dizia que queria arrancar um pedaço meu".
A polícia de Los Angeles investigou o artista por nove meses, mas, segundo fontes próximas às autoridades disseram ao TMZ, o caso contra ele "não é forte".
Armie Hammer nega as acusações e chegou a chamá-las de "besteiras". No entanto, o ator acabou se afastando de diversos projetos desde que elas surgiram, como a peça da Broadway "The Minutes", a série "The Offer" — sobre os bastidores de "Poderoso Chefão"—, entre outros títulos. Como "Morte No Nilo" já tinha sido completamente filmado e as denúncias não foram comprovadas pela polícia, a 20th Century Studios escolheu mantê-lo no longa, mas adiou o lançamento depois das acusações.
Em dezembro de 2021, o jornal The Sun reportou que o ator teria completado uma internação de quase nove meses em um centro de reabilitação.
No longa baseado na obra de Agatha Christie, Armie Hammer vive Simon Doyle, um charmoso homem apaixonado.
Letitia Wright
Famosa por ter interpretado Shuri, a irmã do Pantera Negra no filme homônimo da Marvel, a atriz de 28 anos se envolveu em uma grande polêmica ao se recusar a tomar a vacina contra a covid-19. Em dezembro de 2020, ela chegou a divulgar em suas redes sociais um vídeo que questionava o imunizante, mas logo apagou.
De acordo com o THR, devido a essa postura antivacina, a equipe da artista teria rompido laços profissionais com ela. Nas redes sociais ela se tornou alvo de críticas por parte dos fãs e negou ser contra as vacinas, mas destacou a importância de se "fazer perguntas" em relação os imunizantes.
A atitude de Letitia Wright fez com que criassem uma petição virtual para que ela fosse afastada do Universo Cinematográfico Marvel.
O estúdio não se pronunciou oficialmente sobre o caso, e, até o momento, ela ainda está confirmada em "Pantera Negra 2". Em "Morte No Nilo", interpreta Rosalie Otterbourne, a sobrinha de uma renomada cantora.
Segundo a SBIm (Sociedade Brasileira de Imunizações), a vacinação não deve ser tratada como uma questão individual porque as doenças só são erradicadas quando a maioria da população está imunizada. Segundo o órgão, a cobertura ideal para qualquer imunização é de 95% da população — exceto para o HPV, que é de 80%.
Gal Gadot
Na falta de uma, a atriz está envolvida em duas polêmicas. Segundo informações do Deadline, "Morte no Nilo" foi banido do Kuwait e do Líbano em protesto à presença de Gal Gadot, que é israelense e já serviu no exército do país por dois anos. Por causa das tensões que existem entre os países, o filme não será exibido nesses territórios.
A outra polêmica acontece em 2020, quando Gadot publicou em seu Instagram um vídeo no qual ela e diversos artistas cantavam a música "Imagine", de John Lennon. Apareciam no registro nomes como Natalie Portman, Jimmy Fallon, Norah Jones e Mark Ruffalo
A intenção, à época, era passar uma mensagem de esperança durante a pandemia do coronavírus. A iniciativa não caiu bem, e a atriz foi acusada de não ter sensibilidade em relação ao tamanho do problema. Nas redes sociais, o vídeo virou piada.
"Eu vendo minhas celebridades favoritas cantando no vídeo da Gal Gadot", diz a publicação abaixo.
Depois de quase dois anos do ocorrido, no início de fevereiro deste ano, Gal Gadot se pronunciou sobre o vídeo e disse que "não era a coisa certa a ser feita".
"A pandemia já estava na Europa e em Israel antes de chegar aqui [aos EUA] da mesma forma. Eu estava vendo para onde tudo estava indo. Mas [o vídeo] foi prematuro. Não era o momento certo e não era a coisa certa. Era de mau gosto. Tinha intenções puras, mas às vezes você não acerta no alvo", afirmou ela em entrevista ao InStyle.
Em "Morte No Nilo", Gal Gadot interpreta uma das protagonistas, Linnet Ridgeway.
O filme já está em cartaz nos cinemas. Assista ao trailer abaixo.
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