Vencedora do Oscar, Ariana DeBose teve medo de atuar em Amor, Sublime Amor

Ariana DeBose fez história durante a noite do último domingo ao ser a primeira mulher queer — ou seja, não se enquadra no padrão heteronormativo de relacionamentos — e afro-latina a vencer o Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante. A artista ganhou o prêmio pela atuação em "Amor, Sublime Amor", a releitura do clássico dos musicais, dirigida por Steven Spielberg. No longa, ela viveu Anita, mesmo personagem que rendeu a vitória no mesmo prêmio para Rita Moreno, em 1962.

Em entrevista ao The Hollywood Reporter, a atriz contou que teve medo de viver a personagem, afinal Anita ainda não tinha sido interpretada por uma mulher negra e latina. "Eu ficava meio 'não sei se há espaço para [a minha] interpretação, porque eu teria que interpretá-la como uma mulher negra. Caso contrário, eu achava que não havia algo a ser acrescentado [ao papel]."

Nascida em 25 de janeiro de 1991, em Wilmington, na Carolina do Norte. Mesmo tendo nascido nos Estados Unidos, a origem de DeBose é diveras, pois seu pai é de Porto Rico e sua mãe é italiana é descendente de italianos. Quanto à sexualidade, ela se considera uma pessoa queer e contou aos pais em 2015. Hoje, ela namora a estilista Sue Makkoo.

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No discurso durante o Oscar, ela falou sobre suas origens: "Imagina essa menina, sentada no banco de trás de um Ford Focus branco. Olhe nos olhos dela. Você vê uma pessoa queer — abertamente queer — mulher negra, uma afro-latina, que encontrou a sua força na vida por meio da arte, e é isso o que eu acredito que estamos aqui para celebrar."

Então, para qualquer um que já tenha questionado sua identidade, ou você se encontra vivendo em espaços cinzentos, eu prometo a você: há de fato um lugar para nós.

Ainda no palco, Ariana comentou ter se sentido como sua personagem, Anita, que quer viver um sonho americano. "Só quero dizer que tive o verão de uma vida. Rita Moreno, que inspiração você é. A sua Anita abriu caminhos para milhares de Anitas como eu."

No entanto, Ariana DeBose não é apenas atriz, mas também é cantora e dançarina. Ela fez a sua estreia na televisão com o programa de dança de talentos "So You Think You Can Dance". Depois, ela esteve na Broadway com o musical "Bring It On", em 2011, e não parou mais: esteve também em "Motown: The Musical", em 2013, "Pippin", em 2014, "A Bronx Tale", em 2016, no prestigiado "Hamilton", em 2015, e em "Summer: The Donna Summer Musical", musical que estrelou como Donna Summer e rendeu uma indicação ao Tony Award de Melhor Atriz em Musical.

Nos filmes, seu início foi de uma maneira um pouco diferente, pois sua primeira participação foi justamente na gravação de "Hamilton", lançada em 2020 no Disney+. Pouco tempo depois, ela esteve em "The Prom", produção da Netflix, e na série de comédia musical "Schmigadoon!", em 2021.