Léo Áquila relata preconceito por ser LGBT+: 'Ninguém encostava na gente'
A jornalista transexual Léo Áquilla, de 51 anos, recordou os preconceitos que vivenciou desde cedo por não corresponder aos padrões heteronormativos. Ela contou que o período em que se assumiu gay, no início dos anos 1980, coincidiu com a primeira onda do HIV no mundo.
"Sofri todas as consequências [de se assumir]. Eu era uma gay na época da geração HIV. Quando surgiu o HIV, era [considerada] a 'peste gay'. Então não bastava sofrer o preconceito por ser homossexual, ainda tinha o preconceito duríssimo de ser taxado como aidético", recordou Léo, em entrevista ao podcast "Inteligência Limitada", de Rogério Vilela.
O preconceito era tamanho que até no transporte coletivo a discriminação era visível. "Ninguém encostava na gente! Houve uma ocasião em que eu estava no ônibus lotado, cheio de gente pendurada, o ônibus chegava a 'andar' torto... E o banco do meu lado vazio", relatou a famosa.
Apesar das dificuldades, a artista se orgulha de ter sido uma das pioneiras em abrir espaço para o público LGBTQIA+ na grande mídia.
"Hoje, quando vejo artistas como Glória Groove e Pabllo Vittar fazendo esse sucesso, fico superemocionada. Porque é o meu sucesso ali também. Eu ajudei a construir essa história. Não fiz para ser reconhecida, mas para que todos pudessem ser contemplados no futuro - um futuro que já chegou", festeja.
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