Rock in Rio: Quem são os artistas que cantaram no festival e já morreram
Freddie Mercury, eterna estrela do Queen e uma das maiores vozes da história do rock, completaria 76 anos hoje (5), caso o cantor não tivesse perdido a batalha para a Aids há 30 anos, em novembro de 1991. As homenagens póstumas que permanecem vivas em forma de música para os fãs, hoje, convergem com a celebração da 8ª edição do Rock in Rio, que teve a honra de tê-lo no palco em sua primeira edição, em 1985, em um dos shows mais icônicos da história.
Até hoje um dos maiores astros que já pisou no Rock in Rio, Freddie Mercury puxa uma fila de outros grandes nomes da música que já se foram, mas ajudaram a tornar o festival carioca em um dos maiores do mundo.
Cazuza
Também na edição de 1985, Cazuza comandou o show da banda Barão Vermelho num encontro memorável com milhões de pessoas. Cazuza estava no auge do sucesso e cantou clássicos como "Maior Abandonado", "Todo Amor Que Houver Nessa Vida" e "Bete Balanço", deixando sua passagem no festival na memória dos fãs até hoje.
Em meio a busca pela redemocratização no país, em uma das canções, Cazuza trocou a frase "pro dia nascer feliz" para "pro Brasil nascer feliz", em claro posicionamento político e assinando seu nome na história.do RiR.
Assim como Freddie Mercury, Cazuza morreu em julho de 1990 vítima de complicações da Aids.
Prince
A segunda edição do Rock In Rio, no estádio do Maracanã, brindou o público com as únicas apresentações de Prince no Brasil. Relatos históricos apontam que, na época, ele recebeu cerca de US$ 1,5 milhão pelos shows — um dos maiores cachês já pagos nos 37 anos de existência do RiR.
A humildade do cantor chamou a atenção na época, quando ele fez de uma passagem de som, quase um terceiro show, especialmente para os funcionários que trabalhavam no estádio para fazer o festival acontecer. Prince foi a principal estrela da primeira noite de espetáculos, e, 18 de janeiro de 1991, e repetiu a dose seis dias depois cantando sucessos como "Something Funky (This House Comes)", "Purple Rain" e "Nothing Compares 2 U".
Apesar do sucesso que conquistou no país, Prince não retornou aos palcos do Rock In Rio. Ele foi encontrado morto em 21 de abril de 2016 aos 57 anos de idade em sua casa, em Paisley Park, Minneapolis, vítima de uma overdose de fentanil.
Cássia Eller
Um dos maiores nomes femininos do rock nacional, Cássia Eller nos deixou no auge do sucesso, aos 39 anos, em 29 de dezembro de 2001, vítima de três paradas cardíacas. A perda de uma das maiores vozes da música nacional ocorreu meses depois de a artista ser aclamada em seu show na terceira edição do Rock in Rio.
No evento, a brasileira levou para o público performances de sucessos como "1º de julho", "O Segundo Sol", "Malandragem" e um cover de "Smells Like Teen Spirit", do Nirvana.
A apresentação da artista gerou o lançamento póstumo do CD e DVD 'Rock in Rio: Cássia Eller - Ao Vivo', sendo este o quarto álbum ao vivo da cantora. O show original aconteceu na abertura do segundo dia de festival, em 13 de janeiro de 2001, na mesma noite em que se apresentaram Fernanda Abreu, Barão Vermelho, Beck, Foo Fighters e R.E.M.
Joe Cocker
Em 1991, o cantor britânico de rock Joe Cocker realizou seu último show no Brasil na segunda edição do Rock In Rio. Influenciado pela Soul Music e participante de bandas como The Avengers, Big Blues e Grease Band, o artista estourou na década de 1960 após interpretar o sucesso "A Litle Help From My Friends", dos Beatles.
Com mais de 25 álbuns gravados, o cantor faleceu aos 70 anos de idade em 22 de dezembro de 2014 em Crawford, no Colorado (EUA). Ele lutava contra um câncer na garganta.
Elza Soares
A cantora e compositora Elza Soares morreu aos 91 anos de idade, de causas naturais, em janeiro de 2022. A diva da música comandou um dos shows com tom mais político já realizados na Cidade do Rock. No Rock in Rio 2019, a cantora se apresentou no palco Sunset, o segundo maior do festival, e entre uma música e outra deixou mensagens em defesa das mulheres, dos negros e contra o machismo.
"Esse povo sofrido, que sonha com um lugar melhor para viver. Sonha, mas é preciso acordar, minha gente! Lutar! Gritar, ir para as ruas, aprender a votar! Nós não sabemos. Vamos para as ruas, vamos buscar os nossos direitos. Esse Rio de Janeiro acabado, esse Rio de Janeiro completamente distorcido. Cadê o povo? Cadê a voz da gente? Cadê as mulheres? Somos faladeiras, vamos falar até não aguentar mais", discursou Elza no palco.
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