Filas e cheiro de xixi: o que pode melhorar para o Lollapalooza 2024?
O Lollapalooza 2023 está oficialmente encerrado. Mesmo com sucesso de público, alguns problemas ficaram evidentes na edição do festival.
Veja a seguir o que pode ser melhor no Lolla 2024.
. Lotação no retorno para casa. O sistema de transporte público segue sem dar conta da altíssima demanda de público após o fim dos últimos shows do festival, com as longas filas para o acesso à Estação Autódromo da Linha 9 - Esmeralda.
. Transporte por aplicativo pouco sinalizado. Alternativa ao trem, essa modalidade tinha pontos de encontro pouco sinalizados e distantes da entrada principal do festival.
. Muita fila para água grátis, ainda mais com o calor acima dos 30ºC que foi sentido em todos os dias do Lolla
. Fila para brinquedos: teve quem esperou quase duas horas para andar na roda-gigante
. Reclamações de furtos, principalmente à noite
. Limpeza dos banheiros, com um cheiro nada agradável durante os três dias
. Superlotação nos palcos principais e muito empurra-empurra
. Distância de um palco para o outro em um espaço de tempo curtíssimo.
Trabalho análogo à escravidão
Cinco trabalhadores foram resgatados de condições análogas à escravidão três dias antes do início do festival. Eles trabalhavam como carregadores de bebidas em jornadas de 12 horas diárias, para a empresa Yellow Stripe, uma terceirizada contratada pela Time 4 Fun, conhecida como T4F, dona do Lollapalooza no Brasil.
Auditoria constatou que os trabalhadores dormiam no local de trabalho em condições degradantes. Os funcionários atuavam na informalidade, sem direitos trabalhistas.
O Lollapalooza informou que mais de 9.000 pessoas trabalham no local do evento e que a prioridade é garantir "as devidas condições de trabalho". Segundo o comunicado, "é terminantemente proibido pela T4F" que trabalhadores durmam no local, fato que fez com que fosse encerrada "imediatamente a relação jurídica estabelecida com a Yellow Stripe".
Segundo o colunista do UOL Leonardo Sakamoto, condições de trabalho análogas ao trabalho escravizado são recorrentes na organização de festivais. Em geral, o problema acontece em situações como a desta edição do Lollapalooza, com empresas terceirizadas contratadas para prestar serviço aos eventos.
"O fato é que por não sofrer a mesma pressão social e jurídica que as vinícolas do Rio Grande do Sul, os organizadores dos festivais sentem-se mais à vontade para não se responsabilizarem pelas condições em suas instalações. Ou seja, as atrações são renovadas a cada edição, mas a situação dos direitos humanos segue a mesma", escreve Sakamoto.
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