Ambulante na Parada LGBT quer juntar dinheiro para intercâmbio: 'Lá é euro'
A jovem Nayara Leite, 29, saiu de casa neste domingo para trabalhar como ambulante na Parada do Orgulho LGBT+ de São Paulo com um objetivo: conseguir dinheiro para o intercâmbio.
Ela vai para Dublin, na Irlanda, em novembro ficar três meses estudando. Aqui no Brasil, de segunda a sexta, ela trabalha no escritório de uma imobiliária.
"Estou juntando o máximo que posso com essa finalidade. Lá é euro, e quando a gente ganha em real não é justo para converter."
"O salário é das contas, então esse 'frila' é para ajudar no intercâmbio", conta ela. Neste ano, ela já trabalhou no Carnaval, na Virada Cultural e outras feiras culturais.
"A meta é vender pelo menos o que eu investi", completa Nayara. Até 13h, o movimento não estava fluindo como ela esperava. "Espero que melhore quando o caminhão andar."
Quem também teve uma motivação para sair ir trabalhar hoje foi Edileuza Sampaio, de 42 anos. Mas, diferente de Nayara, ela quer juntar dinheiro para se separar.
"Meu marido bebe muito, é fora do normal. Estamos juntos há 20 anos, mas agora piorou", disse ela ao UOL. Ela também trabalhou no Carnaval com este objetivo, mas "não compensou".
"Não paguei nem o que eu comprei", lembra Edileuza. "Hoje ainda está fraco, e olha que eu cheguei às 5 da manhã. Espero vender tudo porque aí consigo pagar o advogado."
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