Documentário revela um Lemmy Kilmister eclético e fã do Evanescence
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O documentário lançado em 2010 sobre o líder do Motörhead antecipou de forma carinhosa como seria a reação de fãs e do mundo da música quando Lemmy morresse, o que ocorreu ontem em Los Angeles.
“Ele vai ser enterrado com honras de chefe de Estado”, diz um dos entrevistados.
O vocalista e baixista também ironiza despreocupadamente a própria morte em “Lemmy: 49% Motherfucker, 51% son of a Bitch”, dirigido por Greg Olliver e Wes Orshoski.
Anos atrás, em uma entrevista, Lemmy disse que já estava “cansado” de perguntas sobre quando morreria. “Um dia eu vou e vocês certamente vão saber”, disse sarcástico.
Para o documentário de mais de duas horas de duração (e com muitas horas de “extras”), os diretores acompanharam o dia a dia de Lemmy por quase três anos. Tanta atenção chegou a causar ciúmes em outros integrantes do Motörhead. Sobre isso, Lemmy foi jocoso: “Desculpem se o filme é sobre mim.”
Idiossincrático, tímido, porém incisivo, Lemmy tinha um gosto musical eclético e bem diferente dos fãs ardorosos do Motörhead.
Por exemplo, ele era apaixonado pela banda Evanescence, embora alguns amigos afirmem que ele era interessado, isso sim, na carnuda vocalista Amy Lee. De qualquer forma, ele admite ter pego um avião da Califórnia para Las Vegas só para assistir a um show da banda.
Lemmy fazia questão de assistir até a bandas que desprezava, como The Darkness. “Aquela bichona”, resmungava sobre seu vocalista, Justin Hawkins --que admitia morrer de medo de cruzar com Lemmy em algum bar. “As letras dele não tem pé nem cabeça”, rosnou o baixista no filme.
Em um dos momentos mais memoráveis do documentário, um dos diretores, entrevistando Lemmy em sua casa abarrotada de objetos e armas militares alemãs (e nazistas), pergunta o que ele tem de mais valioso em sua casa. Lemmy responde: “Meu filho”.
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