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Novo iPad tem tela com melhor definição e é mais rápido -- mas vale a atualização?

Jornalistas manuseiam a terceira geração do iPad durante o lançamento do tablet no dia 7 de março - Kevork Djansezian/Getty Images/AFP
Jornalistas manuseiam a terceira geração do iPad durante o lançamento do tablet no dia 7 de março Imagem: Kevork Djansezian/Getty Images/AFP

Gareth Beavis

Do TechRadar

11/04/2012 06h00

O novo iPad, o iPad 3, o novo iPad 3... chame como quiser. A verdade é que o dispositivo, por fora, parece muito com o iPad 2. Por dentro, entretanto, ele foi reformulado.

A pergunta que a maioria das pessoas faz é: qual a diferença do novo iPad para o antigo? Bem, nesse caso a resposta é muito simples: ele tem a tela retina, que faz com que no iPad 3 tudo pareça novo. O equipamento conta também com chip A5X (quad-core com processamento gráfico) e tem duas câmeras, uma de 5 MP na parte traseira do aparelho e uma VGA, na frente.

Ah, e o iPad 3 também traz o iOS 5.1 para todos (bem, o sistema operacional também está presente em outros aparelho da Apple, como o iPhone 4S, mas como não estamos falando deles hoje, o que importa é que ele apareça embarcado no iPad 3).

O design do novo iPad 3 não é, realmente, nada diferente ao dos demais tablets da Apple. Na verdade, ao pensar seriamente sobre isso, percebe-se que ele é idêntico ao iPad 2 - a ponto de você ter que se esforçar para saber qual é qual quando ambos estão desligados.

Uma vez com ele em mãos, entretanto, há uma pequena diferença, especialmente quanto ao peso. O novo iPad é, aproximadamente, 60 gramas mais pesado que a versão antiga. Mesmo que não pareça grande coisa, isso pode resultar em uma pequena tensão no braço durante uma maratona de filmes.

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Tela

Vale destacar sua principal característica: a retina display (chamada no Brasil de tela retina), que basicamente - como o nome indica - é a nova tela do tablet.

A Apple armazenou um número enorme de pixels dentro das 9,7 polegadas do aparelho. Para ser exato, 1.536 x 2.048. Apesar de a empresa ter, no iPhone 4S, criado uma tela com densidade de, aproximadamente, 330 PPI (pixels por polegada), a do iPad é ligeiramente menos “pontuada”, apresentando 264 PPI.

Na frieza dos números, pode-se dizer que o iPad 3 tem menos qualidade em apresentar imagens do que o iPhone 4S. A Apple contorna essa linha de raciocínio alegando que a tela do tablet deve ser mantida a 15 polegadas do rosto. A do iPhone 4S, a 10 polegadas dos olhos. Assim, no final das contas, respeitando essas distâncias, a nitidez seria a mesma.

Resolução ''revolucionária''

  • Se alguém pega um iPad, imprime uma imagem em alta resolução e coloca as duas imagens frente a frente, é difícil notar a diferença

Mesmo o fato de o nome “retina display” não corresponder exatamente ao que ela é, à reportagem pouco importa. O que conta como diferencial é o efeito que ela gera ao usuário - e isso é uma das coisas mais impressionantes já vistas pela equipe do TechRadar.

Se alguém pega um iPad, imprime uma imagem em alta resolução e coloca as duas imagens frente a frente (a do iPad e a impressa), é difícil notar a diferença. A pessoa pode até ficar vesga de tanto olhar de perto, mas mesmo assim será impossível observar algum pixel em cada uma das figuras.

As cores exibidas no iPad 3 são muito, muito próximas às da realidade - ao lado do equipamento da Apple, telas Super Amoled HD (como a do Samsung Galaxy Note, por exemplo) parecem ultrapassadas, embora isso dependa da preferência de cada um (o TechRadar gosta das cores intensas das telas dos eletrônicos da Samsung, mas sabemos o quanto boa parte das pessoas costuma detestar).

Outras principais características da interface de trabalho do iPad 3 que merecem destaque são o buscador de internet, o sistema de visualização de fotos e sessões de filmes, que estão muito, muito melhores quando comparados ao iPad 2 (estão tão bons que podem ser uma das principais razões para trocar o modelo antigo pelo novo iPad).

Design

O novo iPad, como dissemos, é um pouco mais espesso e mais pesado do que o antigo e, se você trocá-lo pela nova versão, ficará muito impressionado.

O restante dos novos detalhes são - e acho que se pode chamar assim - premium. Para ter o iPad novo com todas as configurações de ponta, o interessado deverá desembolsar nos Estados Unidos ao menos US$ 499 (embora não esteja oficialmente à venda no Brasil, o valor em dólares corresponde a pouco mais de R$ 900). É necessário, portanto, observar se é um investimento que vale a pena.


As bordas curvas, o vidro à prova de arranhões que repele a gordura de óleo dos dedos e a estrutura de alumínio da parte exterior são detalhes que alguns tablets Android tentaram copiar, mas não conseguiram. Claro que algumas pessoas ainda preferem a superleveza de alguns modelos Samsung. E esse ponto, assim como a tela, é realmente uma questão de gosto pessoal.

Por fim, dentro do quesito design, é importante citar que os botões do aparelho são muito dispersos e há apenas quatro deles. O ícone Home está de volta mais uma vez, apesar dos boatos de que seria deixado de lado. É bastante fácil acioná-lo.

O restante está agrupado no topo esquerdo do equipamento. Lá ficam o controle de volume, de mudo e de orientação, além do comando de travar e ligar. Como você pode ver, a Apple foi muito eficiente com a disponibilização dos botões, com todos tendo mais do que uma função. E ainda há quem diga que o iPad não pode ser multitarefa.

Interface

Quando assunto é o sistema operacional, o novo iPad 3 pega a estrada trilhada pelo iPad 2 - e oferece um upgrade com o iOS 5.1, que é um dos principais pontos positivos do tablet. Antes de apresentar o que realmente novo, é ideal fazer um rápido tour através do sistema operacional e perceber quão simples é operar o novo equipamento Apple.

A tela inicial é estruturada de forma muito similar à do iPhone. A exceção é que é possível ver ícones muito maiores para todos os aplicativos, estejam eles já embarcados no tablet ou tenham sido adquiridos via download. É possível preencher várias telas com os apps provindos da App Store. A ação de variá-las é realizada suavemente, bastando comandos simples e sem esforço.

Outro ponto de destaque é o quase onipresente dock, em que são exibidos os seis programas mais regularmente utilizados pelo usuário. Eles estão visíveis em todas as telas iniciais (home screens) do iPad 3. Obviamente, é um número maior de aplicativos do que os quatro oferecidos no iPhone (isso é permitido graças ao tamanho maior de tela do tablet, quando comparado com o smartphone).

Além dessa disposição padrão, há mais. É bastante simples criar novas pastas para aplicativos que se queira manter juntos. Para tanto, basta arrastar o ícone e soltá-lo no topo da tela, junto a outros apps que se queira agrupar - o iPad irá criar o nome do grupo baseado em seu conteúdo, e é bastante fácil renomear esse folder, caso se deseje.

O iOS 5.1 não oferece muitas novas características para os usuários já acostumados com sua interface. Um truque presente nele, e que a Apple aprendeu com o sistema Android, do Google, é a barra de notificações. Ela pode ser acessada simplesmente “puxando-a” para baixo, a partir do topo da tela.

Suporte a gestos

  • Divulgação

    Por falar nisso, vale a pena observar o suporte a gestos que é oferecido, o que torna o tablet realmente um equipamento multitarefa. Essa característica é sensacional. Por meio de movimento dos dedos sobre a tela, o usuário consegue realizar ações diversas

Esse item contém informações de tudo, desde e-mails não lidos até notificações de novas ações em games que você está jogando com seus amigos. É um sistema simples, que prevalece sobre tudo o mais no sistema. Mesmo com a maioria dos aplicativos em ação, quase sempre é possível pular de um para outro por meio dessa barra de notificações.

Por falar nisso, vale a pena observar o suporte a gestos que é oferecido, o que torna o tablet realmente um equipamento multitarefa. Essa característica é sensacional. Por meio de movimento dos dedos sobre a tela, o usuário consegue realizar ações diversas. Por exemplo, ao beliscar a retina display, ele é levado até a “página” do iPad. Quando se faz um movimento de baixo para cima com os dedos, é aberta uma janela multitarefa. Ao arrastar para a esquerda, o usuário varia o acesso aos aplicativos abertos.

Isso realmente funciona no novo iPad. A equipe do TechRadar recomenda fortemente que cheque outras formas de fazer os movimentos sobre a tela. Isso torna o novo sistema muito fácil e, também, bastante divertido de ser utilizado.

Há um grande debate a respeito do que um sistema precisa para ser chamado de multitarefa - na visão do TechRadar, o iPad faz o suficiente para levar esse título. É importante ressaltar que o BlackBerry Playbook é mais ágil quando há programas rodando em segundo plano. Entretanto, como a maioria dos usuários quer mesmo é comparar o mundo Apple com o ambiente Android, nesse ponto, o iPad 3 se destaca quando o assunto é variar entre um app a outro.

É possível ainda realizar tarefas facilmente com diferentes dedos no modo swipe up do tablet (que mostra os aplicativos em disposição de barra, na vertical). Outro comando simples é dar dois tapinhas sobre o botão Home para chamar uma lista de apps recentemente abertos (eles podem ser apagados da bandeja com um simples e prolongado toque no ícone “x”, que fica ali por perto).

Arrastar à direita a tela na bandeja multitarefa (ou multi-task) traz ao primeiro plano o player de música. Ele permite descobrir quais canções tocarão na sequência. Ou, ainda, mudar o volume ou o brilho. Não é algo novo, mas é algo bastante próximo ao oferecido por um típico widget do Android.

A tela de bloqueio (lock) permite ao usuário realizar diversas coisas interessantes. Com ela acionada, um duplo clique no botão Home chamará o player. E, assim, será possível alternar faixas ou pausar a música sem, necessariamente, abrir ou destravar o iPad. Além disso, há a opção de apresentar um show de slides com suas fotos, mesmo com o tablet protegido.

A interface para o usuário do iPad é um tanto difícil de julgar. E trata-se de algo tão subjetivo, que a equipe do TechRadar teme ter pegado pesado demais nesse quesito com relação ao OS. De qualquer forma, a conclusão inicial é que se trata de um sistema simplista, que não oferece oportunidades de customização real. A equipe de reportagem do TechRadar torce para que a Apple conserte isso em alguns anos (por outro lado, pessoas que odeiam interfaces de sistema complicadas irão amar o que o iPad 3 oferece.)

Há ainda outras falhas, como apps que não são realinhados quando alguns deles é deletado da tela. Entretanto, como é sabido que isso também ocorre em outros tablets, não é possível criticar duramente o iPad especificamente por esse ponto.

E seria o iPad 3 o exemplo perfeito do que um chip A5X podem fazer em termos de desempenho sob os dedos do usuário? Talvez. Mas, de forma geral, ele não chega a ser espetacular. Nos testes do TechRadar, eventualmente, iPad 3  fechou aplicativos durante o uso (e isso ocorreu em mais de uma oportunidade).

De qualquer forma, incluir aplicações que respondam a gestos impressiona. O que se espera, portanto, é que daqui por diante esse suporte seja melhorado e tenha sua performance realizada sem interrupções bruscas.

O que se pode falar do iPad 3, em resumo e até aqui, é que para quem você procura por um equipamento portátil, com uma interface única, então o tablet da Apple pode ser um bom produto. Ele não conta com o mais completo sistema operacional do mercado, mas o iOS 5.1 agrada em cheio quem usa e gosta muito da experiência de utilizar os iPads anteriores (e, também, é uma opção viável a usuários que não ligam a mínima para o Android, seus widgets e personalizações).

Apps, jogos e internet

Quando o assunto são apps, a maioria das pessoas pensa que não há muito o que se preocupar quando utiliza-se um equipamento da Apple. E elas estão majoritariamente certas. No caso do novo iPad 3, ele oferece cerca de 200 mil aplicativos, com a grande maioria deles tendo sido desenhado especificamente para o tablet.

Entretanto, nesse caso, há um pequeno problema quando o assunto são os apps. Alguns deles não estão preparados para serem perfeitamente exibidos na tela retina, o que em muitos casos prejudica sua reprodução. Outros são extremamente grandes, como o iMovie, que ocupa perto de 500 MB.

Em testes realizados com, além do iMovie, iBooks, iPhoto, Newsstand e Reminders, eles funcionaram de forma correta e, basicamente, do modo que se esperava (quando o usuário já conhece as versões anteriores do tablet da Apple). O Maps, por sua vez, se mostrou bastante completo e mais inteligente, oferecendo opções de rotas, de navegação e ainda diversas funcionalidade para motoristas, pedestres ou usuário de transporte público - seja em viagens interestaduais ou em trânsito cotidiano (sempre lembrando que o sistema é aplicado ao trânsito dos Estados Unidos, não do Brasil).

Quando o assunto passa para o jogos, o que chama a atenção é o novo chip A5X. Ele não é, de fato, o esperado quad-core A6 que todos pensavam que a Apple iria anunciar, mas o processador, com boa capacidade gráfica, não deixa a desejar.

O iPad 3 testou os recursos gráficos e de reprodução com alguns jogos reveladores - no caso, Sky Gamblers: Air Supremacy, Overkill, Eliminate: Gun Range, Angry Birds. Como resultado, na maior parte deles, imagens brilhantes e com excelente definição (aqui, mais um viva à tela retina). Em alguns casos (como no game das aves que atacam porcos), as imagens não estavam perfeitas por conta da própria definição do game (não tendo, a princípio, o iPad 3 a ver com isso). Por fim, ainda no quesito jogos, a performance do tablet, ao reproduzir e representar a reação do usuário nos games, foi rápida e perfeita. Sem ressalvas quanto a isso.

Quando o assunto é internet, eis um dos principais motivos para comprar o iPad 3: a experiência do uso do browser. Obviamente, você deve imaginar que o trabalho na web melhora muito ao visualizar o conteúdo online por meio da tela retina. Sim, isso é 100% verdade. Seja ao navegar por sites repletos de texto ou ainda em páginas com imagens coloridas ou vídeos animados, o resultado é assistir a uma infinidade de conteúdo bastante bem exibido na tela do iPad 3.

O brilho que sai da tela do iPad 3 é o que torna a sensação de navegação mais aprazível. Por evitar riscos e gordura, passar o dedo sobre ela é uma ação agradável, seja a médio ou longo prazo.

Além disso, nem mesmo o browser que vem embarcado no equipamento compromete. Em testes de 3G e wi-fi realizados entre ele e o navegador que equipa o Samsung Galaxy Tab 10.1, houve diferença de 2 segundos de demora no carregamento do primeiro em relação ao segundo.

Velocidade LTE

Para os sortudos que vivem em uma área com suporte ao LTE (um tipo de internet 3G melhorado, criado por algumas redes de comunicação e atualmente disponível nos Estados Unidos e no Canadá), a conexão da internet para os iPads é bem rápida. Em alguns casos, até melhor do que a wi-fi. Em outros, nem tanto.

Em São Francisco, o 3G da Califórnia é reconhecido pela má qualidade. Assim, sem a conexão LTE, o novo iPad conseguiu realizar downloads a velocidade que variavam entre 3 Mbps e 6 Mbps. No caso de upload, os números ficaram entre 0,53 Mbps e 1 Mbps.

Com o LTE em ação, no mesmo iPad 3 avaliado, as transferências de dados tiveram ganhos significativos: 53 Mbps para downloads, 20 Mbps para uploads. A ação de baixar os dados se mostrou bem mais rápida na conexão LTE do que com a wi-fi (mais ou menos 33 Mbps). No caso do upload, isso não ocorreu (com o wi-fi ligado, taxa de 32 Mbps). Independentemente disso, ele é realmente muito veloz.

Uma maior velocidade depende do local em que está e qual é o suporte da máquina. Nos Estados Unidos, recomendamos o iPad que tenha acesso à rede da Verizon (não apenas pela cobertura LTE, mas por poder tornar seu tablet um hotspot, o que não é possível com o iPad da AT&T).

Embora em outros momentos o iPad 3 tenha subitamente elevado sua temperatura, nessa parte do teste isso não ocorreu. Durante toda a avaliação para averiguar sua compatibilidade com internet, em nenhum momento o equipamento esquentou nas mãos da equipe de reportagem. Continuaremos testando-o e mostrando as mudanças, caso haja.

Bateria e conectividade

A relação da Apple com a vida da bateria em seus dispositivos portáteis tem sido cheio de altos e (principalmente) baixos ao longo dos anos. Ao falar especificamente sobre o iPad 3, tem-se uma durabilidade que agrada.

Ao analisar a autonomia do aparelho, descobrimos que, se colocássemos a bateria do iPad 3 em um iPad 2, este último sobreviveria, sem recarga, entre três e cinco dias, em uso moderado. Já no novo tablet da Apple, nas mesmas situações, ele rende bem por dois dias sem pedir tomada. O principal responsável por isso é a tela retina, que suga muita carga apenas para se manter.

Por falar em bateria, há uma questão que pode incomodar. O sistema de conectividade 4G é indicado por um ícone no topo da tela. Ele fica muito próximo ao botão que indica a quantidade de energia restante no tablet. Eles estão tão colados que, ao tentar acionar um, o usuário acabe por tocar o outro inadvertidamente.

Quem pretende consumir vídeos e mais vídeos no iPad 3 deve pensar bem. Nos testes do TechRadar, percebeu-se que o tablet tem autonomia para reproduzir, em média, três filmes com duas horas de duração, em HD. Depois, é necessário recarga. O consumo de energia chegou a 15% por hora quando cada um deles foi rodado.

Para encerrar o teste de autonomia, recorremos um filme no formato (não tão comum) de 720p. Foi possível rodar quase seis horas de vídeo no iPad 3 com uma única carga.

Conexão

Há tantas formas de conexão para o iPad 3 que é difícil listar todas. A primeira e mais importante é o Bluetooth 4.0. Ele é a última versão da tecnologia de wireless e há bons motivos para ser adorada.

O Bluetooth 4.0 gasta menos energia do que as versões anteriores. Além disso, essa versão do padrão de conectividade tem suporte até mesmo para fitness, podendo monitorar nativamente batimentos cardíacos e pedômetros (antes, isso só era possível com aparelhos específicos para tal). Seu uso ainda não está generalizado. Mas deve crescer, principalmente porque poderá ser usado em diferentes tarefas corporativas, como em sistemas de pagamento sem fio.

Além do Bluetooth 4.0, o iPad 3 oferece suporte desde a wi-fi comum até ao avançado padrão 802,11 n Standard. Ele conta ainda com GPS e um giroscópio (sensor de movimento que, junto com o acelerômetro, permite ao aparelho dizer em que direção o usuário está indo, da esquerda para a direita, de cima para baixo, e contabiliza ainda a qual velocidade se move). No modelo, há ainda uma conexão de dados de celular que oferece suporte a até 73Mbps de transferência.

Por fim, o equipamento ainda é compatível com o padrão microSIM - você deveria usar este formato, já que será a escolha mais popular para os fabricantes que querem ganhar mercado.

Veredicto

É quase impossível dar um veredicto de um produto Apple que todos concordem. Há muitos pontos que tornam a avaliação de qualquer aparelho da empresa da maçã altamente subjetiva (nenhuma outra companhia tem produtos tão difíceis de serem avaliados).

O novo iPad 3, assim como muitos outros equipamentos da Apple, é um tanto quanto superestimado com relação ao que ele realmente entrega. Ainda falta uma série de características chave no produto. Entretanto, dado o volume de pessoas que correram atrás do equipamento em poucos dias, seriam esses problemas tão graves quanto boa parte dos críticos aponta?

O que agrada: Bem, o primeiro e mais óbvio destaque do novo iPad 3 é a tela retina. O TechRadar falou bastante sobre ela neste review e é um elemento que não para de impressionar. Não importa a aplicação que esteja rodando na tela, o resultado é sempre fantástico.

A tela retina é clara, brilhante e nítida. Em essência, ela expande a experiência de assistir a algo em um smartphone ou tablet. O display apresenta o que deve de tal forma que, sem dúvida, leva ao usuário uma experiência somente possível com uma nova geração de telas. Rol que ela inaugura, com êxito.

Classificação:

PONTOS POSITIVOS
Magnífica tela
Processador rápido
Dispositivo antigordura
Interface simples
PONTOS NEGATIVOS
Pode superaquecer
Aplicativos pegam muito espaço
Não há como expandir a capacidade de armazenamento
Mais pesado do que o iPad 2

 

O TechRadar também é grande fã do design do novo iPad - e, sim, é sabido que trata-se do mesmo desenho do anterior. Não se considera aqui o fato dele ser mais pesado que o anterior. O que é elogiável é o fato de ser desenvolvido com itens de alta qualidade, coisa que muitas vezes outros fabricantes deixam a desejar.

Existe ainda a alta performance quando se reproduzem gráficos. Há bastante qualidade - e não somente quando se tratam de games. Quase tudo o que roda no iPad 3 é feito de forma suave, sem grande problemas. De fato, os jogos eletrônicos que são reproduzidos nele, em conjunto com a excelente tela, tornam a performance bastante gratificante.

A interface com o usuário é outro ponto que agradou. Mas esse é outro elemento que polariza opiniões. No TechRadar, não há espaço para preferências preconcebidas. A reportagem realmente gosta de ambientes com diversidade e muitas opções de personalização. Entretanto, há algo na simplicidade da interface do iOS que agrada bastante - e a simplicidade conta muito no mercado de tablets.

O que não agrada: Com toda essa força, há ainda alguns elementos que poderiam ser melhorados no novo iPad. O primeiro ponto é que o tablet aquece consideravelmente quando passa muito tempo ligado (e também de acordo com os apps que está rodando). Um ponto positivo, dentro do negativo, é que o problema, aparentemente, não afeta o tempo de vida útil da bateria.

Há ainda alguns outros itens que dão a impressão de que o iPad 3 é uma espécie de primo pobre do iPhone 4S. Não há possibilidade de geolocalização em algumas funções (como nos lembretes de compromisso) e também não há Siri (o incensado assistente virtual do telefone da Apple, que responde a dúvidas e é ativado por comando de voz).

Não é exatamente uma crítica o equipamento não contar com um processador mais potente. Entretanto, se em um futuro próximo o mercado demandar mais força para rodar o que quer que seja, o iPad 3 terá de ser revisto.

O design não é terrível. Mas se for considerado que a Apple se orgulha de seus desenhos, tornar o novo iPad mais fino não seria estranho. Além disso, por ser mais pesado que o anterior, uma sessão de filmes no braço pode dar dor muscular ao usuário.

Há ainda o problema do armazenamento de dados. Caso o usuário queira baixar muitos aplicativos, guardar filmes em HD e outro tipo de conteúdo, é recomendado passar longe do iPad 3 de 16 GB. Caso, mesmo assim, compre o aparelho, já é bom ir pensando onde enfiará tanto conteúdo.

Conclusão: Apesar dos pontos negativos, não há dúvida que, mais uma vez, se está diante de um líder de mercado no segmento dos tablets. A grande força da Apple é sempre fazer a fusão de recursos e hardware de ponta com um OS que funciona e com apelo de público e mídia bastante altos.

Claro, o preço é um tanto alto. Entretanto, como há no mercado diversos outros tablets com valor semelhante ou superior (cerca de US$ 500, nos Estados Unidos), não é possível apontar mesmo esse fator como desabonador (e no frigir dos ovos, como se sabe, não importa o preço, muitas pessoas adquirirão o tablet).

A reportagem do TechRadar ficou com a sensação de que faltou algo no equipamento. Principalmente quando se pensa que a versão de 64 GB tem um valor próximo a US$ 700 nos Estados Unidos (esse valor corresponde a cerca de R$ 1.270) e que, além da excelente tela, houve poucas melhorias, de fato, no tablet.

Em resumo, se você tem um iPad 2, pode ficar com ele. Se não liga para perfumarias ou apelos visuais (como os trazidos, excelentemente, pela tela retina), compre-o. Hoje, nos Estados Unidos, ele custa a partir de US$ 399 (mais ou menos, R$ 725).

Se essa for a sua escolha, entretanto, é altamente recomendado que chegue perto do iPad 3. Isso porque, uma vez que se depare com a tela retina (seja reproduzindo filmes em HD, seja passando jogos eletrônicos bacanas), você imediatamente passará a odiar quaisquer outros tablets que não o novo eletrônico da Apple.