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Astrônomos rastreiam sinal de rádio no espaço e chegam a origem misteriosa

De Tilt, em São Paulo

07/01/2020 12h16Atualizada em 07/01/2020 16h10

Astrônomos conseguiram rastrear um misterioso sinal de rádio repetido no espaço, revelado no ano passado. Essa é a quinta vez que uma descoberta do tipo acontece. Mas, pela primeira vez, a galáxia de origem do sinal está fazendo cientistas repensarem as suposições sobre como essas ondas são geradas. Isso porque, de acordo com a revista científica "Nature", a suposta galáxia de origem do sinal é diferente de qualquer outra reconhecida anteriormente.

O sinal de rádio teria surgido em uma galáxia espiral, a 500 milhões de anos-luz da Terra, no local que parece ser a fonte mais próxima do que os astrônomos conhecem por explosões rápidas de rádio (FRBs).

"A localização deste objeto é radicalmente diferente de todas as FRBs estudadas anteriormente", anunciou o astrônomo Kenzie Nimmo, da Universidade de Amsterdã, na Holanda.

Explosões rápidas de rádio estão entre os maiores mistérios do Universo —elas são picos extremamente rápidos na radiação eletromagnética detectada por radiotelescópios, com duração de no máximo alguns milissegundos. Mas, nesse período, eles podem descarregar mais energia do que 500 milhões de sóis.

A maioria das FRBs detectadas até o momento apareceram apenas uma vez. É impossível prever, o que os torna extremamente difíceis de rastrear. Até o momento, apenas três tiveram sua origem localizada em uma galáxia.

Busca por vida extraterrestre

A Nasa anunciou na segunda-feira (6) que seu Satélite de Pesquisas de Exoplanetas em Trânsito (Tess, sigla em inglês) descobriu um planeta do tamanho da Terra a uma distância intermediária de sua estrela, o que permitiria a presença de água em estado líquido. Mas, desde o final do ano passado, o Tess também está colaborando com astrônomos dedicados à busca por inteligência extraterrestre.

O projeto Breakthrough Listen, que tem este objetivo, foi fundado em 2015 pelo bilionário russo e pioneiro da internet Yuri Milner e ganhou apoio da Nasa em seu trabalho, o que elevou o status do grupo de pesquisa.

Dois avanços ajudaram esse campo a ultrapassar o domínio da ficção científica: o primeiro foi a descoberta, em 1995, do primeiro exoplaneta (planeta fora do nosso sistema estelar), que acabou de ser recompensada com o prêmio Nobel, e a posterior confirmação de mais de 4.000 outros exoplanetas. O segundo foi a descoberta de extremófilos, organismos capazes de sobreviver em condições extremas de temperatura ou pressão.

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