Google desativa funções de app para proteger ucranianos de ataque russo
O Google desativou, temporariamente, diversos recursos de localização do Google Maps na Ucrânia e suas fronteiras. Eles estavam sendo usados para rastrear, em tempo real, os movimentos de tropas e de civis durante a invasão russa — o que poderia ser perigoso para a população.
Entre as funções que foram desativadas, está a camada de tráfego ao vivo, que mostra engarrafamentos e outras condições das vias, baseados em dados de velocidade e localização dos smartphones das pessoas, e também a taxa de ocupação de locais públicos e comerciais. Autoridades russas e ucranianas poderiam usar essas informações para monitorar e prever ações inimigas.
Horas antes do início dos ataques do presidente russo Vladimir Putin, especialistas já haviam alertado que trânsitos incomuns nas fronteiras eram sinais da chegada das forças russas. "Fomos os primeiros a ver a invasão", disse no Twitter o professor Jeffrey Lewis, da organização Arms Control Wonk.
Lewis confirmou sua previsão com imagens de satélite, que mostram a movimentação dos comboios militares.
Com os mesmos recursos, também foi possível ver a multidão de pessoas fugindo de Kiev e de outras cidades bombardeadas. Até hoje, 500 mil pessoas já haviam deixado o país em busca de refúgio em países vizinhos, principalmente a Polônia, gerando engarrafamentos quilométricos.
De acordo com o Google, a decisão foi tomada para proteger os cidadãos ucranianos, após consulta às autoridades do país. O Google Maps continua funcionando como navegador para os motoristas locais.
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