Ataque privado: 17 empresas de tecnologia que saíram ou boicotaram a Rússia
Desde que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, invadiu a Ucrânia e iniciou uma guerra, a comunidade internacional passou a se mobilizar para impor sanções cada vez mais rígidas em resposta contra o conflito. Em um campo de batalha moderno, que envolve ataques físicos e cibernéticos, as penalidades não partem apenas de países e organizações, mas também pelo setor privado — em especial as big techs (gigantes de tecnologia, em tradução direta).
Grandes multinacionais dos Estados Unidos e da União Europeia, que se opõem à ação militar, anunciaram a paralisação ou fechamento das operações na Rússia. Algumas suspenderam negociações com empresas e com o setor público do país, e anunciaram a retirada de investimentos.
Google, TikTok e Twitter estão entre as que já tomaram alguma atitude após o início da guerra. Apple, Microsoft e HP, por exemplo, anunciaram a paralisação temporária das operações comerciais no país.
O ministro de Transformação Digital da Ucrânia, Mykhailo Fedorov, 31, inclusive, continua pressionado as gigantes da tecnologia a fazerem mais para que boicotem a Rússia. Paralelamente, tem convocado hackers para fortalecer a guerra virtual e aumentar a proteção de seu país.
Confira a seguir o que empresas já fizeram
Airbnb: suspendeu todas as operações na Rússia e em Belarus, e sugeriu que clientes em países vizinhos ofereçam suas casas sem custo para os refugiados ucranianos, principalmente na Polônia, Alemanha, Hungria e Romênia.
Amazon: paralisou suas atividades na Rússia e em Belarus por conta dos ataques contra a Ucrânia. A empresa bloqueou o acesso ao Prime Vídeo e de novos clientes ao serviço de nuvem AWS (muito usado por empresas). Além disso, cancelou a expedição de produtos para o país.
Apple: pausou todas as vendas de produtos na Rússia e limitou o acesso a serviços como o Apple Pay, além da remoção dos aplicativos russos de notícias Russian Today (RT) e Sputnik da App Store.
Activision Blizzard: suspendeu novas vendas físicas e digitais de seus jogos na Rússia, e também bloqueou qualquer nova transação dentro das plataformas, incluindo a venda de skins dentro dos jogos.
Electronic Arts: interrompeu as vendas de jogos e conteúdo na Rússia e em Belarus, enquanto o conflito perdurar.
Epic Games: dona do Fortnite e Fall Guys, a companhia interrompeu vendas de jogos e skins nas suas plataformas, mas não impede o acesso aos jogos.
Google: atualizou seus serviços de busca e mapas para fornecer alertas da ONU a pessoas que procuram informações sobre refugiados e asilo.
Google Maps: empresa desativou recursos em tempo real que identificam trânsito e locais movimentados, como medida de segurança.
HP: suspendeu as remessas de produtos para a Rússia, enquanto o conflito continuar.
Meta (ex-Facebook): bloqueou o acesso às contas dos canais de notícia públicos russos na União Europeia e no Reino Unido. Facebook e Instagram estão rebaixando globalmente o conteúdo dos meios de comunicação controlados pelo estado, bem como colocando etiquetas em conteúdos identificados como falsos. Também ativou um recurso adicional, para que ucranianos "tranquem" seus perfis, e montou um centro de operações especiais regional para reagir, em tempo real, a atividades suspeitas nas plataformas.
Microsoft: interrompeu todas as vendas de produtos e serviços na Rússia e alega aconselhar o governo ucraniano sobre ataques cibernéticos direcionados à infraestrutura digital do país.
Samsung: anunciou que irá parar de vender celulares, chips e outros produtos para a Rússia, enquanto durar o conflito.
Snapchat: o grupo Snap parou todas as transações de publicidade na Rússia, Ucrânia e Belarus. A companhia diz que não aceitará mais, pelo período do conflito, qualquer fonte de receita que venha do governo russo. Contudo, o app deve continuar funcionando em todas as localidades.
Telegram: fundada na Rússia e com sede nas Ilhas Virgens Britânicas, a plataforma de troca de mensagens afirmou à Sky News, do Reino Unido, que cumpre o pedido legal da União Europeia de banir as contas do RT e do Sputnik .
TikTok: suspendeu a transmissão ao vivo e novos uploads de conteúdo de vídeo da Rússia, devido a uma nova lei de notícias falsas aprovada no país. Deve aplicar rótulos ao conteúdo de algumas contas controladas pelo estado russo. Também baniu a RT e o Sputnik na União Europeia.
Twitter: antes mesmo da decisão da UE de proibir os conteúdos das empresas de mídia russas, o Twitter já havia decidido bloquear publicidade que vinha desses canais, por conta de alegações de interferência russa nas eleições presidenciais de 2016 nos EUA. Também rotula as postagens dos meios de comunicação patrocinados pelo estado russo, como fazem os apps do grupo Meta.
YouTube: baniu os canais de conteúdo russo financiados total ou parcialmente pelo governo, como o portal de notícias Sputnik, a rede internacional de notícias russa RT e a plataforma de conteúdo político de esquerda RedFish.
*Com informações de Tilt, Agências Internacionais e Axios.
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