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Nasa testa estrutura para trazer amostras de Marte em segurança; veja vídeo

Rochas de Marte registradas pelo robô Perseverance - Nasa/JPL-Caltech
Rochas de Marte registradas pelo robô Perseverance Imagem: Nasa/JPL-Caltech

Bruna Souza Cruz

De Tilt, em São Paulo

08/05/2022 13h08

Engenheiros da Nasa finalizaram com sucesso testes de queda criados para garantir a segurança das amostras de Marte quando elas chegarem aqui na Terra, informou agência espacial dos Estados Unidos.

A ideia é que os materiais sejam soltos, dentro de estruturas protetoras, diretamente em solo após entrar na atmosfera terrestre.

Em um vídeo divulgado pelo órgão, é possível ver o momento em que um helicóptero deixa cair uma estrutura grande (conhecida como MDU; Unidade de Demonstração de Fabricação, em português) equipada com sensores.

O MDU foi lançado durante os testes de uma altitude de 1.200 pés (365,76 metros) de modo a identifficar o tempo e velocidade envolvidos no pouso das futuras amostras de Marte.

"O MDU foi muito estável durante a descida —não balançou muito e pousou com sucesso, no sentido de que não houve danos estruturais e sobreviveu ao impacto como esperado", disse Jim Corliss, engenheiro-chefe do projeto.

Esse resultado, juntamente com outra série de testes que serão realizados no final deste ano, ajudará os cientistas a ter mais dados para tornar a viagem e chegada do material mais segura possível.

  • Como as amostras são coletadas? Com ajuda do braço robótico, o robô Perseverance usa uma ferramenta de abrasão para raspar a camada superior da rocha, expondo as superfícies não desgastadas.
  • Quando o material chegará? A Nasa trabalha para que as amostras posem no deserto de Utah, Estados Unidos, a partir de 2030.

O papel do Perseverance

O robô-jipinho Perseverance chegou em Marte em 18 de fevereiro de 2021 como parte da missão Mars 2020.

O papel da tecnologia é tirar fotos, coletar amostras e funcionar como um laboratório sobre rodas. Para isso, 19 câmeras de alta definição e um braço robótico foram instaladas no robô.

Ele foi enviado para explorar a Cratera Jezero, de 45km de diâmetro e 500m de profundidade — estima-se que, há mais de três bilhões de anos, tenha sido um grande lago e o delta de um rio.

Se já existiu vida no planeta, mesmo que apenas atividade microbiana, é o local com mais chances de guardar evidências.

Por isso a chegada segura das amostras de Marte é tão importante. A partir delas, os pesquisadores poderão encontrar pistas sobre a composição química e mineral das rochas, compreender a geologia da região, entre outras coisas.