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Campo magnético do Sol vai se inverter nos próximos meses, diz Nasa

Em Washington

07/08/2013 16h53

Nos próximos três a quatro meses o campo magnético do Sol completará uma inversão de polaridade, um processo que ocorre a cada 11 anos e está quase na metade do caminho, informou a Nasa (Agência Espacial Norte-Americana) nesta quarta-feira (7).

"Esta mudança terá repercussões em todo o Sistema Solar", disse o físico solar Todd Hoeksema, da Universidade de Stanford, na Califórnia, nos Estados Unidos, em declarações para a Agência Espacial.

A inversão de polaridade - isto é, Norte e Sul trocam de posição - ocorre no fim de cada ciclo solar, quando o dínamo magnético interno do Sol se reorganiza.

Durante essa fase que os físicos denominam Máximo Solar, as erupções de energia podem aumentar os raios cósmicos e ultravioleta que chegam à Terra - e isto pode interferir nas comunicações de rádio e afetar a temperatura do nosso planeta.

Hoeksema é diretor do observatório Solar Wilcox, da Universidade de Stanford, um dos poucos observatórios do mundo que estudam os campos magnéticos do Sol e cujos magnetogramas observaram o magnetismo polar da estrela a partir de 1976, desde quando já foram registrados três ciclos.

Phil Scherrer, outro físico solar de Stanford, disse que "os campos magnéticos polares do Sol se debilitam, ficam em zero, e depois emergem novamente com a polaridade oposta. É parte regular do ciclo solar".

O alcance da influência magnética solar, conhecida como heliosfera, se estende a bilhões de quilômetros além de Plutão, e as sondas Voyager, lançadas em 1977, que agora rondam o limite do espaço interestelar, captam essa influência.