Nasa construiu abrigo para salvar tripulação do Apollo 11 em caso de explosão de foguete
O maior foguete construído pelo homem tinha como destino fazer história: lançar ao espaço os primeiros homens que pisariam na Lua em 1969. Mas com impressionantes 111 metros de altura e pesando mais de 3.000 toneladas já cheio de combustível, o Saturn V também carregava uma pequena bomba atômica no seu interior. Em caso de explosão, a força destrutiva do foguete era similar aos 5% da potência da bomba de Hiroshima, que devastou a cidade japonesa na Segunda Guerra Mundial.
Para evitar um desastre no lançamento da Apollo 11, que levou Neil Armstrong, Edwin 'Buzz' Aldrin e Michael Collins à Lua, a Nasa (Agência Espacial Norte-Americana) pensou em um plano B e construiu um abrigo de concreto abaixo das rampas de lançamento da espaçonave, no Centro Espacial Kennedy, na Flórida, nos Estados Unidos.
Protegidos por uma porta de aço com 15 centímetros, até 20 homens poderiam ficar no local em segurança por um dia inteiro - o abrigo suportava uma explosão de até 1371 graus Celsius. Caso a porta blindada ficasse destruída com a explosão do foguete, havia uma escotilha na sala principal e o sistema de ventilação do refúgio poderia ser usado como rota de fuga.
Acessível por um longo corredor, a sala circular foi construída sobre molas e era revestida com uma espécie de borracha inflável para absorver melhor o impacto – na época, ela foi apelidada de quarto de borracha (rubber room, em inglês). Ela era circular e tinha 20 cadeiras largas e acolchoadas para que os astronautas se sentissem confortáveis e seguros com aquelas enormes roupas espaciais. Além disso, um banheiro foi projetado e ficava escondido atrás dos grandes assentos.
Havia, ainda, um kit de sobrevivência no lugar: cobertores resistentes ao fogo e uma vela que acendia a partir de um composto químico de oxigênio, cloreto de sódio e pó de ferro. Um cronograma na parede avisava quando as pessoas teriam de mudar seus filtros durante as 24 horas lá dentro.
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