Cientistas acompanham extinção de espécie mexicana, só 7 foram encontradas
Uma espécie de salamandra que já foi reverenciada como divindade pelos astecas está em vias de extinção. Em uma expedição pelos antigos canais astecas que compõem seu habitat natural, cientistas da Universidade Nacional Autônoma do México (UNAM) encontraram apenas sete axolotes; em 1998, havia seis mil por quilômetro quadrado.
Antes de os humanos ocuparem o vasto pântano que hoje corresponde à cidade do México, o axolote já vivia em alguns lagos lamacentos na região. Era um animal despretensioso, mas peculiar: uma espécie de salamandra cor-de-lama que, ao contrário da maior parte dos anfíbios, conservava o formato de larva mesmo depois de adulta, respirando por brânquias salientes na cabeça.
Quando os astecas chegaram e construíram na região um labirinto de ilhas artificiais, dividindo os lagos em uma complexa rede de canais para abastecer a cidade, contribuíram para aumentar exponencialmente o habitat do axolote. Em pouco tempo, as estranhas salamandras estavam em toda parte e até um deus em forma de axolote fazia parte do panteão asteca.
Seiscentos anos mais tarde, os canais da cidade do México já estavam destruídos, o que também acabou com a espécie. Atualmente, os únicos canais restantes, localizados no sul do distrito de Xochimilco estão poluídos e saturados com criações de carpa e tilápia, que comem os ovos de axolotes e as plantas aquáticas que caracterizavam seu meio natural. Pelos últimos seis meses, cientistas da Universidade Nacional Autônoma do México (UNAM) estâo limpando esses canais, à procura dos últimos espécimes dos axolotes.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.