Para não ser eliminado de cara, evite sete erros no currículo
Um processo de seleção pode ser bastante concorrido, e passar pelo primeiro estágio –o envio do currículo– nem sempre é fácil. É nessa hora que erros banais podem traçar o destino do candidato: a próxima etapa ou a lixeira do recrutador.
Em uma pesquisa divulgada em setembro de 2014, pelo site de empregos Elancers, 43% dos profissionais de RH entrevistados apontaram que as falhas imperdoáveis são os erros de escrita e digitação. “Na verificação de um volume grande de currículos, os erros ortográficos, gramaticais ou de digitação tornam-se critérios eliminatórios”, afirma o presidente da empresa, Cesar Tegon.
De acordo com o estudo, o segundo lugar entre os erros fatais (18%) é a prática de citar competências que não se tem, apenas para se encaixar no perfil da vaga. “O candidato até pode ser chamado para a entrevista, mas logo o selecionador perceberá que ele não se enquadra nas exigências para a função”, diz Tegon.
Francine Silva, gerente da Luandre, empresa de consultoria de RH, diz que é muito comum encontrar pessoas que mentem em relação ao idioma estrangeiro, por exemplo: “Muita gente informa que tem o inglês avançado mas, na hora da entrevista na língua inglesa, não consegue dialogar”.$escape.getHash()uolbr_quizEmbed('http://mulher.uol.com.br/comportamento/quiz/2012/03/08/voce-se-sairia-bem-em-processos-seletivos.htm')
Os profissionais afirmam que, acima de tudo, o currículo precisa ser verdadeiro, compatível com as realizações do profissional e adequado à vaga. Essa preocupação deve estar presente já no momento de preencher o item “objetivo profissional”. O candidato deve evitar generalidades ou um objetivo que nada tenha a ver com a vaga oferecida.
“Em latim, curriculum vitae significa trajetória de vida; no contexto profissional, é o seu histórico de atuação. Ele precisa ser claro, conciso, mas reunir informações suficientes para atrair o olhar do selecionador”, diz a professora Cacilda Lorentz, coordenadora do setor de carreiras da Universidade FUMEC (Fundação Mineira de Educação e Cultura). Para avaliar o que é relevante ou não, a professora sugere que o candidato se coloque no lugar do recrutador, pensando sobre o que é importante para ocupar a posição pretendida.
A seguir, os especialistas dão mais algumas dicas úteis, sobre o que não deve constar do seu currículo para que ele não atrapalhe você:
1. E-mail com apelidos
“Gatinha do surf” ou “fulano pegador”. Utilizar apelidos no endereço de e-mail é algo que transmite falta de profissionalismo. Na pesquisa da Elancers, 8% dos recrutadores indicaram esse como o principal fator de descarte de currículos. Por isso, caso não tenha outro e-mail, o indicado é criar um novo, exclusivo para o trabalho.
2. Fotos informais
Além da apresentação do histórico profissional, atualmente muitas empresas pedem foto no currículo. Mas aquele selfie na balada ou uma imagem fazendo biquinho podem eliminar o candidato logo de cara. “No caso das mulheres, decote, foto de biquíni e com roupas curtas pega muito mal. Já os homens devem evitar foto sem camisa ou com boné”, diz a gerente da Luandre.
3. Excesso de dados pessoais
Muitos profissionais colocam esse tipo de informação para rechear o currículo, mas não é necessário (e pode até ser perigoso) inserir números de documentos pessoais, como identidade, CPF ou CNH. Já os números de registros profissionais são bem-vindos, desde que relevantes para a vaga. “Para um advogado, por exemplo, colocar o número da OAB é essencial”, diz Cacilda.
4. Informação irrelevante
Currículos com duas ou mais páginas dificilmente serão lidos pelos recrutadores. Além de demonstrar falta de poder de síntese, currículos longos trazem, geralmente, informações irrelevantes. Mencionar viagens de lazer e cursos de ballet e pintura, por exemplo, não faz sentido. “Muitos candidatos querem transmitir a imagem de pessoas ativas e acabam fugindo do tema”, diz Francine. Para evitar gafes, a orientação é só mencionar cursos e viagens que tenham relação com sua trajetória profissional.
5. Autoelogios
Pontual, proativo, dedicado, empenhado. Rechear o currículo com as suas qualidades é desnecessário –quem deve avaliar sua competência é o selecionador– e pode parecer uma atitude presunçosa. Outro erro que alguns profissionais cometem é citar informações da esfera pessoal, como “ser uma boa mãe” ou um “bom marido”. É preciso considerar que nada disso acrescentará na avaliação do recrutador, que está preocupado com as especificações da vaga.
6. Mais tarefas do que realizações
Principalmente para as vagas em nível de gestão, os recrutadores não esperam ver apenas a descrição das atividades do dia a dia do profissional. Para despontar no processo seletivo, é necessário apresentar números, realizações e metas alcançadas, sejam individuais ou das equipes que integrou.
7. Formato fora do padrão
O candidato deve fugir de papéis com ícones ou desenhos de fundo (nada de flores, bichinhos ou brasões de times de futebol), letras rebuscadas ou cabeçalhos com frases de efeito e citações religiosas. Em vez disso, utilize papel branco, A4 e tipologias como “Times New Roman”, “Arial” ou “Courier”, preferencialmente. “Já vi desde currículo em planilha de Excel até em formato de redação. Mas não é preciso preocupar-se em inovar no currículo. O fundamental é mostrar sua criatividade na entrevista”, diz Francine.
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