Globo de Ouro: Famosas se manifestam contra assédios no tapete vermelho
2017 será lembrado como o ano em que a indústria do cinema expôs uma de suas práticas (e feridas) mais antigas: os assédios sexuais cometidos por figuras poderosas.
Assim surgiram o movimento #MeToo e, mais recentemente, o "Time's Up", que visam não apenas protestar através do uso dos looks pretos contra os crimes, mas também promover iniciativas que combatam efetivamente a violência sexual. Algumas atrizes foram acompanhadas de ativistas por direitos humanos e das mulheres ao Globo de Ouro e muitas se manifestaram sobre o assunto no tapete vermelho neste domingo, dia 7. Confira o que elas disseram:
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"Eu acho que as pessoas agora estão cientes de um desequilíbrio de poder e que isso é algo que levou ao abuso. Levou ao abuso na nossa indústria, levou ao abuso entre trabalhadoras domésticas. Está entre os militares, no Congresso, está em todo lugar e queremos arrumar isso. Nós nos sentimos fortalecidas nesse momento por estar juntas em uma grossa linha de preto dividindo o antes de agora”, Meryl Streep. indicada ao prêmio de melhor atriz por "The Post: A Guerra Secreta".
Para mim, o que é mais surpreendente é que minha experiência não é única. As experiências de minhas amigas não são únicas, as experiências das minhas colegas não são únicas. Esse assunto é tão sistêmico, estrutural. E acho que é como se estivéssemos apenas começando a descobrir, cutucar a superfície disso", Emma Watson
"Estou aqui para me posicionar por todas as mulheres e homens que sofreram abuso. Esperamos que as pessoas saibam que uma premiação não pode mudar tudo, mas isso pode ser um começo e tomara que isso se espalhe por todas as indústrias", Reese Whiterspoon, que concorre ao prêmio de melhor atriz de minissérie por "Big Little Lies".
"É realmente incrível que mulheres estão apoiando mulheres e temos que continuar a fazer isso. Isso é sério e nós todas estamos nos unindo e me sinto muito empoderada por isso. É uma noite muito especial para as mulheres. Quando trabalhamos juntas em número, a força está nos números", Catherine Zetha-Jones.
Nós estamos aqui por qualquer uma que se sinta marginalizada no ambiente de trabalho", Kerry Washington
"Estou toda de preto porque o tempo acabou (time's up). O tempo acabou para o assédio sexual, o tempo acabou para a homofobia, o tempo acabou para a transfobia, o tempo acabou para o racismo. O tempo acabou para tudo isso. Para todo mundo que tem um ambiente de trabalho inseguro enquanto persegue seu sonho. O tempo acabou para tudo isso", Lena Whaite, atriz e autora da série "Master of None" e co-produtora do filme "Ladylike".
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