Saiba quem são as ativistas que foram ao Globo de Ouro ao lado das atrizes
A cerimônia da 75ª edição do Globo de Ouro foi realmente uma grande noite para as mulheres. Discursos empoderados, manifestações contra o assédio e uma enorme união de mulheres no movimento Time´s Up foram alguns dos destaques da noite. Mas outro ponto que brilhou no red carpet foi a presença de ativistas pelos direitos das mulheres ao lado das atrizes mais famosas.
Meryl Streep, Emma Watson e Michelle Willians foram algumas das celebridades que cederam um pouco do seu espaço de fama para as ativistas. Aqui, contamos um pouco mais sobre cada uma delas.
Marai Larasi
Atua há 23 anos no combate à violência contra a mulher. É diretora do Inkaam, uma organização britânica que combate a violência contra as mulheres negras e de minorias étnicas e atua em parceria com a ONU. Ela é também diretora da coalização de organizações do Reino Unido que lutam para combater a violência contras as mulheres, a Coalização para Acabar com a Violência contra a Mulher.
Existe um muro de silêncio ao redor da violência contra mulheres e meninas e, toda vez que alguém fala, é criado uma pequena rachadura nesse muro
Loung Ung
De descendência cambojana, Loung é uma sobrevivente e ativista pelos direitos humanos. Ela nasceu no Camboja, mas fugiu de lá aos dez anos de idade, sobrevivendo ao genocídio cometido pelos seguidores do Partido Comunista. Ela publicou dois livros em que relata suas experiências. Desde 1997 atua como porta-voz em campanhas contra o uso de minas terrestres.
Ai-jen Poo
Filha de taiwaneses, Ai-jen Poo é ativista de movimentos sociais desde muito cedo. Apesar de não ser uma trabalhadora doméstica, desde 1996 ela organiza as mulheres da classe, inicialmente dentro das comunidades asiáticas nos Estados Unidos. Foi uma das fundadoras da organização Trabalhadoras Domésticas Unidas, organização que ajudou a passar a lei dos direitos das trabalhadoras domésticas no estado de Nova York, a primeira no país a garantir direitos trabalhistas para elas. Já foi eleita uma das 100 pessoas mais influentes da revista Time.
Todo trabalho tem valor, todas podemos viver com dignidade e esse é o futuro
Billie Jean King
Ex-tenista norte-americana, consagrada nos anos 70, acumula mais de 120 títulos em sua carreira. A partida de tênis mais famosa que jogou foi em 1973, a Batalha dos Sexos, quando venceu Bobby Riggs. Atualmente ela luta ativamente pelo fim do sexismo nos esportes. Em 2009 recebeu de Barack Obama a Medalhe da Liberdade, uma das mais altas honrarias do país.
Tarana Burke
Criou em 2006 a organização Just Be Inc, para oferecer apoio a vítimas de abuso sexual. Na mesma época, lançou a campanha Me Too para aumentar a conscientização em relação ao tema, que acabou virando em 2017 o enorme movimento #MeToo de relatos nas redes sociais. É diretora também da ONG Girls for Gender Equality, que oferece programas e aulas para meninas negras se desenvolverem.
Esse momento é tão poderoso. É a colisão de dois mundos que normalmente não se encontram
Rosa Clemente
Foi candidata à vice-presidência dos Estados Unidos ao lado de Cynthia McKinney em 2008. Mas seu trabalho social é bem anterior à carreira política. Ela dedicou sua carreira acadêmica aos estudos das dificuldades políticas encaradas pela população negra e latina no país, criou a primeira convenção política nacional de Hip Hop e dedica a vida ao ativismo ligado ao racismo, direitos humanos, hip hop e direitos das mulheres. Atua também como jornalista.
Monica Ramirez
Presidente da Aliança Nacional de Camponesas dos Estados Unidos, ela se dedica ao combate da desigualdade e da violência de gênero que atinge principalmente trabalhadoras rurais, mulheres latinas e imigrantes.
Calina Lawrence
Membro da tribo Squamish, Calina é uma cantora que dedica sua arte para o ativismo contra o preconceito direcionado aos povos nativos dos Estados Unidos. Ela é formada na Universidade de San Francisco em artes performativas e justiça social e se define como uma "art-ivist" (arte-vista, em tradução livre).
Saru Jayaraman
Americana, filha de pais indianos, Saru é advogada, escritora e ativista pelos direitos das trabalhadoras de restaurantes em Los Angeles. É fundadora da ONG Restaurant Opportunities, que advoga por melhores condições de trabalho e melhores salários para os trabalhadores. Em 1992 ela criou a ONG Mulheres e Jovens apoiando umas às outras que ajuda no empoderamento feminino com recursos e suporte. Saru é também escritora e tem dois livros publicados.
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