Ela arrumou emprego onde marido está internado para vê-lo na pandemia
A americana Mary Daniel, de 57 anos, nunca deixou passar um dia de visita ao marido, internado numa unidade de tratamento de idosos em Jacksonville, Flórida. O homem, de 66, teve início precoce da doença de Alzheimer, e sua esposa o visitava diariamente para trocar sua roupa e assistir à TV com o amado. Até chegar a pandemia provocada pelo novo coronavírus.
Quando a Covid-19 atingiu os americanos, as casas de repouso rapidamente tornaram-se um dos primeiros alvos da doença. Pelo menos 54 mil moradores e trabalhadores nesses locais morreram em decorrência dos sintomas, nos Estados Unidos, de acordo com dados compilados pelo "New York Times" no final de junho.
Incapaz de ver o marido por 114 dias, Mary perguntou ao diretor da casa o que ela poderia fazer para ver o marido. Ela até tentou ver o companheiro pela janela, mas o homem só chorava.
Vendo seu desespero, um profissional da equipe que atende na casa comentou que estavam precisando de um lavador de pratos. E Mary topou na hora o serviço.
"Eu disse a eles que seria a melhor máquina de lavar louça que eles já tiveram", respondeu ela ao site "Yahoo Life".
Antes de começar a trabalhar, agora em julho, Mary passou por uma série de testes, incluindo um exame de drogas, verificação de antecedentes criminais e várias horas de vídeo-educação sobre tópicos que vão da segurança alimentar ao HIV até os estágios da doença de Alzheimer, além de uma nova orientação para a covid-19.
Agora, ela pode estar ao lado do amado novamente:
"Tudo o que ele sabe é que estou lá e estou na frente dele, e isso traz um sorriso a seu rosto. Ele apenas relaxa. A ansiedade é tão grande para todos, incluindo a equipe. Eu o vejo relaxar quando estou com ele. Essa é a beleza disso", afirma.
"É trabalho duro. Estou limpando o chão e limpando a churrasqueira. Não quero que as pessoas me digam que não estou aqui para trabalhar. Isso é legítimo e precisa ser legítimo. Quero fazer um bom trabalho enquanto estiver lá. E estou feliz em fazê-lo. É diferente, não é o que eu faço há muito tempo. Mas se isso me levar a ele, farei o que for necessário".
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